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21 AutoData | Maio 2019 construídos nesta base terão arquitetura elétrica e eletrônica comum. Pelos cálculos da Aliança a CMF repre- sentará, em termos globais, reduções de custo de até 30% emcompras e de 40% em engenharia. Para a empresa, aliás, a CMF não se encaixa no conceito tradicional de plataforma: ela prefere chamar de sistema de arquitetura modular, que divide veícu- los em cinco zonas – estruturas frontal e traseira, compartimento do motor, cock- pit e eletrônica. A CMF têm ainda quatro subdivisões: A para veículos pequenos, B para médios, C/D para veículos grandes incluindo SUVs e EF, para elétricos. O ganho de escala, neste caso assim como nos demais, tambémé global: pelos cálculos da companhia a CMF será base de 70% dos veículos Renault, Nissan e Mitsubishi fabricados no mundo até 2020. No Brasil esse índice deverá ser ainda mais elevado, na faixa de 80%. MQB, MÃE E PAI DA IDEIA Essa história toda começou com a VW MQB, projeto iniciado em 2006 e apre- sentado em 2012. Dona de um potencial gigantesco, é utilizada em uma gama tão vasta dentro do Grupo VW que vai dos Skoda aos Audi. Em 2013 o banco Morgan Stanley calculou que a fabricante gastaria estupendos US$ 70 bilhões para levar a MQB às fábricas no mundo, do Brasil à China, dos Estados Unidos à África do Sul. A economia anual, porém, chegaria a US$ 19 bilhões a partir deste 2019: consideran- do que já está há sete anos no mercado, é mais do que razoável calcular que até o comecinho da próxima década, portanto, o investimento estará pago, sendo que a própria VW já admitiu que a MQB poderá tranquilamente continuar a ser base das próximas duas gerações dos modelos a que dá origem, como Golf e Audi A3, ta- manha sua modernidade. Pelos cálculos da companhia a MQB representa redução de 20% nas compras de peças e de 30% em ferramental e cus- tos de produção. No Brasil a MQB já é base de Golf, Polo, Virtus, T-Cross e A3. E será também em breve da nova Saveiro, do Audi Q3 e de uma nova picape concorrente da Toro e de um novo SUVcompacto baseado no Polo, menor que o T-Cross. Com isso deverá responder por 65% da produção do Grupo aqui até 2022, tomando o espaço da PQ24, atual base de Gol, Voyage, Saveiro e Fox. O índice não será ainda maior porque os novos Gol eVoyage utilizarão outra pla- taforma, a A00, enquanto o Up! ficará com a nova PQ13 em lugar da PQ12. Com relação à eletrificação o Grupo Volkswagen já deu sua segunda carta- da de mestre: apresentou em setembro do ano passado a MBE, versão exclusi- va para elétricos da MQB. Deverá ser a base principal de nada menos do que 70 lançamentos até 2028, o que em volume significa impressionantes 22 milhões de veículos globalmente falando. ACREDITE SE QUISER A picape conceito VW Tarok foi desenvolvida no Brasil utilizando exatamente a mesma plataforma do novo Polo, a MQB DEPOIS DELE MAIS SEIS O novo Prisma, ou Onix sedã, já às vésperas do lançamento, será a porta de entrada da nova plataforma GEM da General Motors no Brasil Divulgação/GM Divulgação/VW

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