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37 AutoData | Maio 2019 FLEX FUEL 2.0 As novas tecnologias envolvendo o biocombustível nacional são importantes porque abrem janela para aplicação global e não só no mercado interno A Unica, União da Indústria da Cana de Açúcar, é parceira do projeto. Pelos cálculos de seu presidente, Evandro Gussi, “quando considerada a cadeia toda há uma redução de aproximadamente 90% da emissão de CO2 comparada à gasolina, bem como outros poluentes da atmosfera, com efeitos positivos na saúde pública”. O modelo, ainda camuflado para não revelar pormenores de seu design, foi apresentado pelo presidente da Toyota, Rafael Chang, ao governador de São Paulo emcerimônia no Palácio dos Bandeirantes, Ifz/Shutterstock.com sede do governo. Apesar de hámais de um ano usar o Prius, seu modelo híbrido mais vendido no mundo, como protótipo nos testes com a tecnologia, a Toyota brasileira optou por inaugurar a operação comercial de modelos com motor elétrico aliado a um flex fuel com o sedã, justamente o Toyota mais vendido no mercado brasi- leiro – já são mais de 1 milhão de Corolla rodando por aqui. A tecnologia híbrida combinada com o motor a combustão flex fuel foi desen- volvida em conjunto pelas engenharias do Japão e do Brasil, em um projeto que começou há quase quatro anos, meados de 2015. Do lado japonês veio o conheci- mento da tecnologia híbrida enquanto o time brasileiro colaborou, especialmente, com sua tarimba do flex. O Prius protótipo rodou em diversos tipos de estradas e climas para avaliar o funcionamento da tecnologia elétrica rodando em parceria com o etanol. A produção do Corolla hibrido flex consome parte do investimento de R$ 1 bilhão na fábrica de Indaiatuba – valor que credencia a fabricante, ao menos em tese, a receber os benefícios do Incenti- vAuto, programa de fomento à indústria automotiva do governo paulista. A nova plataforma TNGA é a mesma usada para a montagem do Prius, do SUV compacto C-HR e do sedã Camry lá fora. É a mais moderna do Grupo Toyota no mundo. O novo Corolla será exportado para Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Colômbia a partir do primeiro semestre do ano que vem, mas a versão hídrida flex a princípio será exclusiva do Brasil. A fabricante trabalha também no de- senvolvimento da cadeia de fornecedores o sistema. Chang afirmou que nomomento a companhia trata do assunto com cerca de quinze fabricantes de componentes instaladas no País, mas estão nesta conta as empresas que forneceriam para todas as motorizações do futuro modelo, o que inclui também híbrido tradicional a gaso- lina, gasolina e apenas flex. Ele reconheceu que em primeira fase

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