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9 DE DAR NÓ Recente comercial veiculado pela televisão, da Peugeot, identifica a executiva Ana Theresa Borsari como presidente da Peugeot Brasil – mas ela mantém a posição de diretora geral das marcas Peugeot, Citroën e DS por aqui. A empresa entendeu que, para a peça publicitária, esta denominação não seria bem compreendida pelos consumidores e batizou-a com posição que ela não detém. PROMESSAS O mundo dá voltas e os observadores cofiam seus bigodes, seus cavanhaques, suas barbas, apertam suas pintas de estimação e não conseguem compreender como é que Sérgio Habib, head da JAC Motors no Brasil, ficou fora – pelo menos até onde se saiba – de sua melhor oportunidade de dispor de unidade produtiva no País: nem seu nome, nem o da JAC, constam de listas que nomeiam os possíveis pretendentes à fábrica da Ford do bairro do Taboão, em São Bernardo do Campo, SP, colocada à venda em meados de fevereiro. PROMESSAS 2 Afinal Habib prometera a fábrica para Camaçari, BA, e que estaria operativa em 2014. Não deu certo. Depois anunciou que produziria seus JAC’s no Sul de Goiás, em Itumbiara, em associação com a Suzuki. Por qualquer boa ou má razão também não deu certo. Depois desse périplo Habib escolheu uma das co-irmãs da Suzuki, a Mitsubishi, de Catalão, ali perto, também Goiás, para estabelecer sua operação produtiva – e é claro que também não deu certo, sejam lá quais forem suas boas ou más razões. PROMESSAS 3 Houve até um bonito instante em que o empresário Sérgio anunciou que alugaria galpões em Salvador, BA, para lá montar seus JAC’s de estimação. Nada deu certo, não há nenhum JAC made in Brazil. Mas restou, para ele e para a empresa, processo movido pela Receita por não cumprimento de promessa de produzir aqui contra isenção do IPI sobre unidades importadas postas à venda no mercado interno. PROMESSAS 4 Pois houve gente, na Ford, surpresa por não receber proposta de Sérgio Habib. PODER DE PRESSÃO Vender veículos pela internet tem lá, realmente, seus encantos: a Renault, por exemplo, abriu canal de vendas na rede aos interessados em reservar as primeiras unidades do compacto Kwid, em 2017. O fator novidade – da plataforma online e do modelo – levou-a a vender 2 mil unidades antes do lançamento. A Volkswagen percorreu a mesma via no lançamento do SUV T-Cross, realizado em fevereiro, na fábrica de São José dos Pinhais, PR. PODER DE PRESSÃO 2 Como tudo na vida precisa de um começo, e como tomar atitude, ter iniciativa, é uma qualidade levada muito a sério no mercado, a Volkswagen fez circular tablets pelas mãos de seus fornecedores presentes ao evento de lançamento. Sob o olhar atento, vigilante, do presidente Pablo Di Si, um a um, os fornecedores foram reservando T-Cross na tela dos tablets. Um deles contou a Lentes que, na dúvida e no calor do momento, acabou fazendo pedido de uma unidade – o que desagradou ao seu superior, no dia seguinte: “Um só? Por que não comprou logo cinco?”. Essa empresa fornecedora, segundo a fonte, não possuía frota própria até a compra do T-Cross... Já tem. AutoData | Maio 2019

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