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16 FROM THE TOP » LEANDRO ESPOSITO, WAZE Junho 2019 | AutoData e nos recebe muito bem, e emparticular as empresas que têmuma visãomadura sobre mobilidade. Comovocê vê o futuro dessamobilidade nas grandes cidades brasileiras? Existem várias iniciativas paralelas interessantes como Uber, Yellow, Waze etc., mas sem uma integração efetiva. Vivemos um momento de ebulição do tema. A indústria está passando por uma série de revoluções e independente do que acontecerá acreditamos muito no compartilhamento. Se os carros anda- rem sozinhos mas cada pessoa tiver o seu saindo do mesmo lugar no mesmo momento vamos continuar parados no trânsito. Quando vemos as tendências, como a de aceleração da urbanização, percebemos que não há capacidade de investimento e de execução de in- fraestrutura que as acompanhe. Nossa visão é que, sim, a mobilidade muda- rá e a principal mudança será social e cultural. É isso que propomos com o Carpool. Vamos parar para pensar: você pode achar estranho entrar no carro de alguém que não conhece, mas não é isso que sempre fizemos ao entrar em um táxi e mais recentemente em um Uber? A experiência de ir com alguém para o trabalho em lugar de ir sozinho é muito mais interessante. Isso vai passar por uma mudança nas pessoas e como elas pensam a mobilidade. Todas essas formas de mobilidade que você citou propõem um repensar, e isso para mim é a parte mais interessante. Reforço que a indústria automotiva está muito ativa nessa discussão, temos diálogos muito abertos com ela. A diferença é que a indústria tem um legado para carregar, é centenária, é muito grande, o que traz algumas oportunidades mas também barreiras. Você tem carro? Não tenho mas a minha esposa tem, e acabamos dividindo. Eu moro perto do trabalho e no dia-a-dia uso bastante o Carpool ou faço o trajeto a pé. “Se os carros andarem sozinhos mas cada pessoa tiver o seu saindo do mesmo lugar no mesmo momento vamos continuar parados no trânsito”

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