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59 AutoData | Outubro 2019 continente foi ampliada após a Automec, com vendas para Peru, Chile, Bolívia e Colômbia. Nas projeções aparecem grandes vo- lumes também para o mercado OEM, 44% da produção local, para os Estados Uni- dos, Europa, Turquia e China. A previsão é crescer de 10% a 20% este ano e para 2020 Amaury Oliveira, diretor de afterma- rket, chama os índices estimados e não revelados de “desafiadores”. Ele reconhece que “estávamos muito mais empolgados no início do ano, mas a situação está em uma direção que não tínhamos previsto. Porém continuamos muito otimistas. A Delphi se capitalizou e fez vários investimentos, que serão con- tinuados, obviamente commuita cautela. As projeções que estamos assumindo são positivas, com possibilidades de investi- mentos e bom cenário para a indústria”. Na Dana o mercado externo também é ordem do dia – ou melhor, dos anos. As exportações cresceram 20% desde 2015, depois que a companhia promoveu repo- sicionamento estratégico com aquisição de empresas, ganho de participação de mercado e lançamento de produtos como linha de eixos traseiros para veículos co- merciais. Segundo Raul Germany, country le- ader da Dana no Brasil, a busca é por manter o crescimento das exportações e da empresa na casa dos dois dígitos para os próximos anos. Para isso investe na capacidade local, centrando esforços em produtos que o grupo só produz no Brasil, como juntas homocinéticas de alto desempenho. Alguns de seus aportes importantes se consolidam justamente em 2020, como a nova linha de componentes para eixos tra- seiros de veículos comerciais na unidade de Sorocaba, SP, além do investimento na linha de forjamento em Campinas, SP. Em média o grupo investiu de US$ 30 milhões a US$ 50 milhões e a previsão para o ano que vem é injetar mais US$ 20 milhões a US$ 30 milhões, sem contar as novas aquisições. “Temos alguns cenários desenha- Divulgação/Meritor dos e nosso principal foco ainda é o de crescimento gradual, com alguns nichos em evolução mais acentuada, no caso de automóveis e SUVs, mas, em outros, com queda ou estabilidade. Nos comer- ciais, como houve depressão, esperamos crescimento um pouco maior, sendo que alguns subsegmentos devem registrar evolução forte, como os extrapesados.” Manutenção de investimentos e busca de novos mercados também estão nos planos da Meritor. Depois da conclusão da compra da Axletech em julho a com- panhia volta ao mercado off-highway. De acordo com as observações de Kleber Assanti, diretor de vendas e marketing da Meritor, “lá fora aumentamos o portfólio e no Brasil participaremos em ummercado bastante carente. Há uma demanda forte por conteúdo local e serviços”. Para 2019 a projeção de crescimento é de 16%, enquanto para 2020 a expectativa é de 7% a 8%. O plano de investimentos, segundo o executivo, continua “bastante robusto”: nos últimos cinco anos foram US$ 15 milhões destinados principalmente ao aumento da capacidade, automação de processos e melhoria na qualidade nas unidades de Osasco e Barueri, SP, e no Parque Industrial da MAN emResende, RJ. Além da joint-venture com a Randon emCaxias do Sul, RS, a companhia estuda a abertura de uma nova unidade no Brasil. Outras duas companhias globais tam- bém centram atenções para o mercado interno, ainda que com certa reserva. Com a previsão de recessão global rondando os mercados, somada às incertezas na Argentina, Continental e Bosch adotam um discurso mais cauteloso para o ano que vem. E vislumbram bons negócios a médio e longo prazos impulsionados pelas reformas prometidas pelo governo e pelo Rota 2030. Apesar do crescimento positivo na casa dos 5% previsto para 2019 a Continental espera volume linear para 2020, mas com “potencial risco de resultado reverso”, se- gundo o presidente Frédéric Sebbagh. A projeção se dá pelo contexto global do setor automotivo, com expectativa de

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