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60 Outubro 2019 | AutoData Perspectivas 2020 » Sistemistas e autopeças queda muito forte em alguns mercados estratégicos. Ao mesmo tempo a companhia prevê um Brasil com “crescimento robusto” em 2021 e 2022. A perspectiva vem na carona das reformas tributária e da Previdência, em debate no Congresso: “Acreditamos emumBrasil poucomais positivo para três ou quatro anos. Até lá teremos umvolume global bastante fraco. Para crescer no curto prazo o País precisaria de reformas e de continuidade de abertura econômica para contrapor esse cenário global recessivo”. A Bosch também vê desaquecimento nos mercados de China, Europa e Estados Unidos, além da incógnita Argentina, que puxou para baixo a produção do Mercosul. Com previsão de crescimento nas vendas de 3,5% em 2019 a empresa projeta um cenário melhor para a próxima década – esta é a sensibilidade do seu presidente, Besaliel Botelho: “Na indústria não vivemos do curto prazo. Estava muito claro que não íamos, em seis meses ou um ano, colocar o Brasil em ritmo grande de crescimento porque conhecemos os problemas estruturais no País. A atratividade do Brasil deve aumen- tar com as mudanças que o governo está promovendo com reformas, desburocra- tização e privatização”. O executivo crê, de qualquer maneira, que o crescimento é inevitável: “São pro- cessos que demoram três, quatro anos, e isso coloca o Brasil no viés de um futuro com crescimento inevitável. Em quatro anos o País atingirá seu grau de compe- titividade com representação muito maior nas exportações”. Na esteira desse crescimento está a demanda por eficiência energética, se- gurança veicular e inovação tecnológica consolidada no Rota 2030. O plano para o setor automotivo deve fomentar o desenvolvimento local de novas tecnologias e atrair investimen- tos: para Botelho “é o primeiro programa consistente para o Brasil com respeito a P&D, mas principalmente tecnologias importantes nos veículos de uma forma ordenada. São tecnologias que não exis- tem no Brasil e isso dá um horizonte bom para investimentos”. A Bosch investiu R$ 130 milhões no Brasil em 2019, incluindo a área automotiva. AContinental também entende o Rota 2030 como caminho para dias melhores a longo prazo. A companhia, que recente- mente concluiu sua linha de produção de ESP, item que será obrigatório em todos os novos projetos de automóveis a partir de 2020 e em todos os modelos vendidos no País em 2022, percebe no plano uma integração inédita capaz de mover investi- mentos e transformar o setor automotivo. De acordo com o presidente Sebbagh “o Rota integra toda a cadeia, não ape- nas as montadoras, e isso é positivo. São programas ligados a critérios avançados ao longo de quatro, cinco anos, além de outros setores estratégicos, como Indús- tria 4.0. A integração trará uma busca por melhoria de competitividade”. Divulgação/Bosch

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