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62 Outubro 2019 | AutoData Perspectivas 2020 » Veículos leves Por Marcos Rozen Aposta segura Na média as projeções para 2020 das fabricantes de veículos leves apontam alta de 6% nas vendas no País. Mas o fator Argentina pode embolar as contas. 45% das vendas totais, enquanto que em 2018, nesta altura do campeonato, eram 41,5% e chegaram no acumulado até de- zembro a 43%. Esclarecendo, para a Fenabrave venda direta é toda aquela na qual na nota fis- cal consta como emissor o CNPJ de uma fabricante de veículos e não da conces- sionária. Estes casos se aplicam desde vendas de baciada para grandes frotistas como locadoras até uma única unidade comercializada para taxistas, produtores rurais, PCDs e outros. O quadro é mais impactante quando se avalia quanto cada segmento cresceu. No total de 2018, para um avanço de 13,7% das vendas totais de leves no País ante 2017, o varejo cresceu 8,1% enquanto as vendas diretas avançaram 22%. E em 2019, no acumulado até agosto, para ummerca- S e alguém quiser cravar uma aposta segura para o mercado interno de veículos leves – automóveis e co- merciais – no Brasil em 2020 pode anotar um número: 6% de crescimento. Arredondando essa é amédia de proje- ções dos executivos líderes das fabrican- tes do segmento ouvidos por AutoData para esta edição especial de Perspectivas. Ninguémacredita emqueda de vendas no mercado brasileiro em 2020 ante 2019. Mas também não houve um executivo sequer a projetar crescimento muito re- presentativo, de dois dígitos gordinhos. É bem verdade que não custa nada, também, dar um certo desconto: é com- portamento tradicional dos executivos da indústria praticar o conservadorismo na hora de fazer projeções – não se pode negar que é sempre melhor errar para menos do que para mais. Há outro ponto em comum: assim como aconteceu no ano passado uma boa parte dos executivos vê para suas próprias empresas tendência de resultado acima do mercado para o próximo exercí- cio. Neste 2019 é o caso de Caoa Chery, FCA, Nissan, Renault e Volkswagen. As únicas que estimam crescer abaixo do mercado no ano que vem são Honda e Hyundai, ambas por razão muito seme- lhante – já estão no limite de sua capaci- dade produtiva no País e, por isso mesmo, têm menos interesse em participar com maior afinco do segmento de vendas di- retas, dando maior atenção ao varejo. Neste ano, segundo a Fenabrave, as vendas diretas representaram até agosto Caoa Chery Alta inferior a 10% Fiat Chrysler 5% Ford 9% a 11% General Motors 6,4% Honda Alta de um dígito Hyundai 3% Nissan 9% a 10% Renault 5% a 10% Toyota 4% Volkswagen 5% a 6% MÉDIA 6% Projeções de mercado total para 2020

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