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24 Fevereiro 2020 | AutoData ConjuntuRA » dESEnVolVimEnto tECnológiCo novas fábricas de transmissões e motores a combustão? Ninguém.” Para ele o quadro de uma possível transformação do Brasil em base expor- tadora de veículos e peças de veículos a combustão é simplesmente efêmero: “Isso já está acontecendo. A Volkswa- gen do Brasil já aumentou suas expor- tações de motores e partes de motores para Alemanha, China, Estados Unidos e México, para suprir o que estes países estão deixando de fazer pela eletri cação. É um caso prático, real. Podemos até ga- nhar algumvolume de exportação agora, mas isso vai durar só mais dois, três anos”. E se nada for feito neste curto período, ele entende, a situação da indústria nacio- nal começará a car bastante complicada: “Se não desenvolvermos tecnologia aqui a partir de agora a necessidade de inves- timento depois, para acompanhar este processo, não poderá será justi cada”. Isso, no raciocínio do executivo da Volkswagen, terá razão de ser devido a umponto crucial da equação elétrica: uma redução brutal no custo dos veículos do- tados desta tecnologia, tanto no que diz respeito à sua produção quanto ao seu preço nal para o consumidor. “Não tenho dúvidas de que o custo do elétrico cairá signi cativamente, em particular o das baterias, tanto pelo maior volume produtivo quanto pelo avanço tec- nológico. Hoje as pesquisas sobre baterias são muito baseadas em tentativa e erro, e as novas gerações de computadores e softwares nos darão em segundos res- postas que antes levavam anos.” Apenas para mostrar na prática o que Di Si quer dizer com isso um exemplo bem ilustrativo é o caso do Deep Blue, o supercomputador da IBM que chegou a vencer o gênio do xadrez, o azerbaijano Garry Kasparov, em uma série de partidas disputadas no m dos anos 90. A capaci - dade de processamento do Deep Blue é centenas de vezes menor do que a de um celular Samsung Galaxy 5, que já é bastante ultrapassado hoje em dia. Por- menor: o Deep Blue custou alguns milhões de dólares.