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26 Março 2020 | AutoData PLAtAfORMAs GLOBAIs » ENGENhARIA LOcAL que os especialistas do ramo dizem ter di culdade de vislumbrar porque, ainda que não se ouça críticas à excelência téc - nica das escolas de engenharia, a reposi- ção depende, neste caso, de incentivos à inovação e da correção dos problemas bem conhecidos que prejudicam a con- corrência do Brasil pelo investimento in - ternacional. Alguns deles são sistema tributário de alta carga e complexidade, passivo traba- lhista pesado, dé cits de infraestrutura e custo de capital alto. “Quando se trata de projetos da ordem de bilhões de dólares o custo elevado do País desestimula a decisão de realizar o desenvolvimento por aqui”, recorda Édson Orikassa, vice-presidente da AEA, Associa- ção Brasileira de Engenharia Automotiva. “Por isto os centros de desenvolvimento estão se formando empaíses mais baratos da Ásia, como Tailândia, Coreia do Sul, Chi- na e Indonésia, onde há boa mão de obra e tributos mais amigáveis, por assim dizer.” Como não podia ser diferente a centra- lização dos projetos na Ásia, ou nas pró- prias sedes das matrizes, induz à evasão do conhecimento cientí co. Bom exemplo vem do Instituto Mauá de Tecnologia, tra- dicional reduto formador de engenheiros para o polo do ABC paulista: transformou- -se, hoje, em centro de especialização por onde passammais alunos que trabalharão no Exterior do que propriamente na região. “Uma pequena parcela continuará no ABC e muitos farão parte de equipes fora do Brasil”, acredita o professor Romio. “A engenharia foi deslocada para os países asiáticos e não será fácil mudar essa re- alidade. Antes dizia-se que a China era apenas um país mais barato: agora é mais barato, mais fácil de se instalar e commaior Divulgação/FCA

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