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29 AutoData | Março 2020 Q uando o Renault Duster chegou ao mercado brasileiro, no último trimestre de 2011, o segmento de SUVs, embora em crescimento, não representava 10% dos licenciamentos no País. Na categoria chamada SUV B, ou utilitários esportivos derivados de carro- ceria de veículo compacto – o Duster tem a mesma base de Logan e Sandero –, o Ford EcoSport reinava sozinho desde 2003, quando foi lançado. O primeiro concorrente direto do SUV Ford conquistou em poucos meses a lide- rança de vendas do segmento. De lá para cá, segundo a Renault, foram comercia- lizados mais de 280 mil Duster produzi- dos no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR. E surgiram várias novidades no segmento que, em 2019, respondeu por 26,6% dos emplacamen- tos do mercado local, somados todos os portes de SUV – superados apenas pelos hatches pequenos. Mas o Duster foi apenas o nono mais vendido na categoria. “O mercado era muito diferente em 2011”, relembra Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil. “Quando lançamos o Duster eram apenas dois competidores no segmento SUV B, que representava 2,4% das vendas. Agora são doze modelos competindo e 16% dos emplacamentos. Nosso objetivo é crescer em volume e participação com o Novo Duster”. O presidente falou novo porque, em 2020, o Duster chega à sua segunda gera- ção – em 2014 passou por um facelift, com alterações visuais e novidades internas. Agora, de acordo comGondo, sofreu uma evolução exterior e uma revolução interior: “Renovamos o design, mantendo o concei- to icônico que fez do Duster um sucesso no mercado brasileiro, e mudamos quase tudo no interior: painel, volante, bancos, revestimentos de porta, tudo é novo”. Divulgação/Renault A equipe de desenvolvimento conce- deu especial atenção à central multimídia Easylink que estreia, na Renault, no SUV. Disponível em todas as versões – mas na de entrada, Zen, como opcional – oferece uma tela sensível ao toque de 8 polegadas com interface simples, intuitiva e layout personalizável. Estudo recente divulgado pela Anfavea aponta que 49% dos automóveis vendidos no mercado brasileiro estão equipados com alguma central multimídia. Por meio da nova central da Renault, além de poder espelhar o smartphone com o Android Auto e Apple CarPlay, o usuário pode controlar o consumo de combustível, monitorar suas viagens e acessar o sistema Multiview, composto por quatro câmeras – uma dianteira, duas laterais e uma traseira – que auxiliam em manobras, estacionamento e atividades o -road. No exterior chama a atenção as lan- ternas traseiras, claramente inspiradas no concorrente da Jeep, o Renegade. Mas são novos também o para-choque traseiro, tampa do porta-malas, as portas laterais e as barras de teto. O que não mudou foi o motor: per- manece o 1.6 SCe que gera 120 cavalos acoplado à transmissão manual ou a CVT X-Tronic, mas que ganhou o sistema start-stop em todas as versões. “16% das vendas do segmento SUV B ainda são com transmissão manual. É um mercado bastante amplo.” Para desenvolver a nova geração do Duster foramusados 578 engenheiros para o chamado ProjetoAmérica, que atenderá a Brasil, México, Colômbia eArgentina, dos quais 376 dedicados ao projeto brasileiro durante três anos. Mais de 1,7 milhão de quilômetros foram percorridos durante os testes. O Duster produzido em São José dos

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