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54 Março 2020 | AutoData ELétRIcOs » PRODUçãO questão do local da produção das baterias tomou forma com maior fôlego. “As fábricas na Finlândia e na Alemanha oferecerão aos nossos clientes o acesso con ável a materiais sob medida”, atesta Peter Schuhmacher, presidente da divisão de catalisadores da Basf. “E próximo às instalações europeias de fabricação de veículos elétricos.” REsPOstA EUROPEIA A maior ação prática envolvendo a produção de baterias para elétricos fora da Ásia veio da União Europeia, que em dezembro aprovou o uso de € 3,2 bilhões dentro do IPCEI, sigla para Important Pro- ject of Common European Interest, assi- nado por Alemanha, Bélgica, Finlândia, França, Itália, Polônia e Suécia. Os recur- sos, públicos, serão destinados ao “de- senvolvimento e inovação dentro da área de baterias, considerada como prioritária”, segundo comunicado. O bloco acredita que a iniciativa des- trave outros € 5 bilhões em investimentos privados de dezessete empresas – o da Basf já se bene cia da medida. O prazo nal estipulado para concretização das ações é 2031. Para Margrethe Vestager, vice-presi- dente executiva da comissão Adequação Europeia à Idade Digital, “a produção de baterias na Europa é de interesse estra- tégico para nossa economia e sociedade, devido ao seu potencial em termos de mobilidade e energia limpas, criação de empregos, sustentabilidade e competi- tividade”. Ela acrescenta que “importantes proje- tos de interesse europeu comum facilitam o caminho para que autoridades públicas e indústrias de vários estados-membros se reúnam e desenhem projetos ambi- ciosos de inovação com efeitos positivos em todos os setores e regiões industriais. O auxílio aprovado agora garantirá ainda que este importante projeto possa pros- seguir sem distorcer indevidamente a concorrência”. Maroš Šefčovič, vice-presidente de re - lações inter-institucionais, completa: “Gra- ças aos intensos esforços está emergindo o primeiro grande ecossistema europeu de baterias da Europa, com projetos líderes em todos os segmentos desta cadeia de valor estratégico. Encontramos a recei- ta certa para nossa política industrial do século 21: forte cooperação dos atores industriais, ação orquestrada para acelerar a inovação para omercado e instrumentos nanceiros combinados dos setores pú - blico e privado para apoiar uma economia europeia baseada em um conhecimento mais forte”. Thomas Bareiss, vice-ministro da Eco- nomia da Alemanha, foi mais direto. Para ele “se deixarmos a China como a dona das baterias perderemos o coração dos carros elétricos. Não sei se é a melhor abordagempara a nossa indústria automo- tiva”. E complementou: “Isso diz respeito a continuarmos nesse jogo representando papel de protagonismo nessa tecnologia, que é crítica”. Do bolo total a Alemanha terá a maior parcela, € 1 bilhão 250 milhões. A França terá € 960 milhões, a Itália € 570 milhões, a Polônia € 240 milhões, Bélgica € 80 milhões, Suécia € 50 milhões e Finlândia € 30 milhões. Na lista das participantes estão em- Divulgação/SKI

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