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26 Junho 2020 | AutoData montadoras » Estratégia mostrar como as coisas funcionarão daqui por diante. Aqui atualmente são produzidas quatro plataformas, sendo duas Renault e duas Nissan, que dão origema seis produtos. Na nova estratégia apenas uma única platafor- ma servirá às duas montadoras, a CMF-B, do Clio europeu. Ela e somente ela servirá como a base para sete modelos das duas marcas, que substituirão os atuais. O objetivo da Aliança é produzir no Brasil 300 mil unidades de veículos des- ta plataforma, “o que nos garantirá alta competitividade”, disse Senard . Outra grande mudança é que as fá- bricas de São José dos Pinhais, PR, e de Resende, RJ, passarão a fazer veículos das duas marcas: uma apenas SUVs e outra apenas hatches e derivados. Não foi informado, porém, qual unidade fará qual. Chamou a atenção na apresentação, porém, que os modelos listados para Re- nault eram Sandero, Stepway e Logan em uma plataforma e Captur em outra, enquanto para Nissan eram March em uma e Kicks em outra. Faltam nesta lista o Kwid pela Renault e o Versa pela Nissan. No caso do Versa a Nissan já tinha avisado que a próxima geração viria do México. No caso do Kwid, portanto, a in- dicação é a de que sua oferta morrerá na atual, pelo menos como produto local. Tanto Renault quanto Nissan brasilei- ras foram procuradas por AutoData para comentar os novos rumos da Aliança e ambas não atenderam à solicitação. É certo, porém, que a notícia teve efeito extremamente impactante sobre ambas e que a paulada ainda está sendo digerida. carrocErias compartilhadas O que cou bastante claro é que a Aliança quer, a partir de agora, muito mais do que plataformas e powertrains com- partilhados. Será uma nova e profunda busca por itens comuns, que passarão a incluir, inclusive, carrocerias. Isso não signi ca que Renault e Nissan terão um carro quase idêntico em termos de formas de design competindo em um mesmo mercado, como aconteceu, por exemplo, com a Autolatina. Mas signi ca que um mesmo carro, em uma versão com emblema Nissan e outra com em- blema Renault, será vendido em dife- rentes mercados. E também que Nissan e Renault tenderão a não competir por um mesmo cliente em um mesmo país, ou seja: quem dará as cartas em cada mercado é a líder, ou, no caso do Brasil, a Renault, que teria cinco modelos aqui contra dois da Nissan. O mesmo deve acontecer no resto do mundo: o portfólio atual Nissan será reduzido dos atuais 69 para no máximo 55 modelos. Pelos cálculos apresentados a Aliança terá, globalmente, a mesma cobertura de mercado de hoje com 20% a menos de modelos. E já em 2025 50% dos modelos da Aliança serão desenvolvidos e produzi- dos sob a lógica do sistema de siga-o-líder. Como o desenvolvimento de cada novo carro será centrado na tal líder obviamente que as equipes das outras empresas da Aliança não serão mais necessárias. Tam- bém haverá redução do volume total de produção, e assim sendo o novo modelo custará muitos, mas muitos empregos: pelo lado da Renault serão 15 mil a me-

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