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54 Novembro 2020 | AutoData MOBILIDADE » CONSUMO E AS LOCADORAS, NADA? Outro canal em que as montadoras estão de olho para tomar das locadoras, ainda que estas continuem a representar o maior cliente, é o de compartilhamento de veículos. A Toyota já o faz por meio da Kinto, joint-venture Toyota Financial Servi- ces com a Mitsui. O funcionamento é o de praxe: por meio de aplicativo o interessado escolhe um carro, Toyota ou Lexus, faz a retirada em alguma revenda pagando por hora e distância percorrida e depois do prazo utilizado o devolve – inclusive em outra concessionária, se assim lhe for mais conveniente. Segundo a Toyota desde o seu lança- mento, em setembro, o aplicativo já soma 18 mil usuários e cerca de 1 mil emprés- timos realizados. O próximo passo será o lançamento do Kinto One, ainda este ano, dedicado ao segmento corporativo: ofe- recerá serviço de gerenciamento da frota. ARenault também tateia este mercado em iniciativas próprias, como serviço de compartilhamento de veículos na Fiep, a Federação das Indústrias do Paraná. Duas unidades do elétrico Zoe, um Kwid, um Sandero e um Captur compõem a frota da oferta para funcionários da federação. Em resumo, diz o presidente Ricardo Gon- do: “É mais uma iniciativa importante para difundir o carsharing no País”. Esses serviços demobilidade têm tudo para crescer exponencialmente não só pela entrada das montadoras no negócio mas, também, porque as empresas que originalmente oferecem este tipo de pro- duto prometemnão ficar paradas diante da iniciativa – ou seja: oferta, a princípio, é o que não vai faltar, o que estimula melhores condições comerciais para o público final. Um ótimo exemplo é a recente fusão de dois gigantes do segmento de locação de veículos, a Localiza e a Unidas. Ambas já possuíam seus próprios serviços por assinatura, o Meoo e o Livre, e sua unifi - cação tende a dar mais força ao produto aindamais no período pós-pandemia, com tendência a fuga dos transportes coletivos. Na avaliação de Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, em entre- vista à Agência AutoData, “os serviços por assinatura representam forte tendência em contexto no qual o consumidor deve preferir o transporte individual ao coletivo, sobretudo se as empresas, após a fusão, conseguirem oferecer o serviço a preço competitivo”.

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