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27 AutoData | Março 2021 futuros clientes do Ka, assim, estarão mais restritas. E então não será de se estra- nhar, portanto, que este cliente por um lado migre para um segmento superior ou também, por outro, para o inferior, em direção aos subcompactos Renault Kwid ou Fiat Mobi, se a questão for meramente financeira. E neste caso ele poderá optar ainda por buscar o que mais lhe convier também no mercado de seminovos. Já o caso do Ecosport é inversamente proporcional: a oferta é violenta e a briga por este cliente é feroz, fazendo prever a sobra de um pedaço muito pequeno para cada interessado daquilo que a Ford deixar sobre a mesa. Além do já citado Kicks uma larga série de novidades para este segmento desponta no horizonte, como o Corolla Cross, o VWTaos, o novo Caoa Chery Tiggo 2, o SUV baseado no Fiat Argo, o Renegade Turbo e o novo Hyundai Creta, que ainda terão de brigar com os já estabelecidos T-Cross, Nivus, Tracker e companhia. A este cenário um tanto diverso ainda se somam outros importantes fatores, como para qual ou quais lados sairão os concessionários que deixarão de ser Ford, a escalada dos preços no varejo, a capacidade produtiva e/ou interrup- ções fabris por falta de componentes em cada montadora, o próprio cenário de agravamento da pandemia, que tende a novamente fechar concessionárias pelo País, os vários níveis de investimento em publicidade e tantos outros, para não citar a condição econômica geral brasileira. Por enquanto só estão todos com suas facas em punho esperando o bolo ser servido. Quem ficará com o maior naco? Bem, a resposta a essa pergunta pode valer muito mais do que aquele milhão: estimativas relativamente antigas ava- liavam que cada ponto porcentual do mercado brasileiro valeria mais de US$ 1 bilhão... Divulgação/Toyota Divulgação/Fiat

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