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47 AutoData | Abril 2021 Sobre possíveis movimentos que apri - morariam a competitividade das exporta- ções brasileiras de veículos a coordenado- ra do Ministério da Economia considerou que “reduzir o custo Brasil não é como correr uma prova de 100 metros: é uma maratona. Estamos otimistas, mas as coi - sas precisam acontecer no timing político”. Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Mo- raes também foi palestrante do evento. Em sua apresentação considerou que “há dificuldades para explicar para as matrizes o que está acontecendo no Brasil. Junto com os problemas econômicos temos a questão da pandemia, e fica difícil apre - sentar esse cenário. Mas é hora de atacar o problema, não de fugir”. Ele propôs a ace - leração da vacinação em massa no País. Moraes afirmou ainda que “todos os dias as equipes de compras e logística das empresas recebem uma nova lista de componentes que podem faltar e, com isso, gerar pequenas paralisações de um ou dois dias na produção. Eles estão fa - zendo um grande trabalho para que isso não aconteça”. MONTADORAS Por sua vez o presidente da General Motors para a América do Sul, Carlos Zar- lenga, abordou outro tema preocupante: o aumento no preço dos veículos 0 KM no varejo. Para ele “houve aumentos de preços no ano passado na faixa de 15% a 20% e isso continuará se o real prosseguir se desvalorizando. Hoje o câmbio está a R$ 5,70, e isso tem que ser repassado. A moeda compra menos: o carro é omesmo mas em reais ele muda, perde valor”. Para o executivo o quadro se deve ao fato de que “nossa indústria não pode mais ter falta de rentabilidade, pois te- mos excesso de capacidade e nem to- dos trabalhavam com a lista de preços pensando em rentabilidade. Vimos muitas perdas nos últimos anos, e temos que encontrar rentabilidade mesmo emmeio à volatidade”. Em sua apresentação Zarlenga de- monstrou preocupação também com mudanças nos perfis de investimento da indústria automotiva no Brasil neste ano: “No ano passado, com a Covid-19, vimos a suspensão de investimentos previstos. Isso começou a retomar no fim do ano passado, começo deste ano, mas a sus- pensão foi muito significativa, pois levou a indústria a refletir. Os investimentos não voltaram do jeito que tinham sido anun - ciados. Para mim a suspensão dos aportes foi pela pandemia, mas a mudança não”, considerou, ainda que salientando que “não há uma visão única: algumas em- presas continuaram com o planejamento

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