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23 AutoData | Maio 2021 Como ninguém quer perder venda por falta de produto aVolkswagen Caminhões e Ônibus também está funcionando por mais tempo para compensar atrasos cau- sados pela instabilidade no fornecimento de peças. A fábrica localizada no Sul do Rio de Janeiro opera com horas extras todos os dias. Também funciona aos domingos para liberar caminhões à venda. Em Curitiba, PR, a Volvo, que chegou a paralisar 70% da produção de caminhões no fim de março, fará a compensação nos próximos meses por meio do banco de horas: “Problemas comcomponentes podem eventualmente acontecer, uma vez que há gargalos globais que afetam toda a indús- tria automotiva. Mas, se houver, serão situa- ções pontuais, com impacto reduzido daqui para frente”, acredita Alcides Cavalcanti, diretor executivo da área de caminhões da Volvo. “Há um grande esforço de nossos fornecedores, coordenado pelas equipes de compras e logística. Não vemos risco iminente de mais paradas”. Dois dos maiores fornecedores de sis- temas automotivos, Bosch e Continental informam que suas fábricas não pararam em nenhum momento desde o início do ano, assim como a Pirelli, fornecedora de outro componente que, conforme relatos vindos das montadoras, eventualmente falta nas linhas de montagem: de acordo comCésarAlarcon, CEO e vice-presidente executivo da Pirelli na América do Sul, “o setor de pneus, emgeral, está bemdimen- sionado para atender às necessidades da indústria automobilística e segue operando normalmente. Os consumidores também continuarão a contar comos pneus no seg- mento de reposição”. Diante da perspectiva de que as difi - culdades de abastecimento continuem durante o ano inteiro a Continental formou uma força-tarefa, envolvendo as áreas de compras e engenharia, para trabalhar al- ternativas que ajudem a minimizar riscos de escassez de matérias-primas. E o presidente da Bosch na América Latina, Besaliel Botelho, diz que vem atu- ando “permanentemente” com fornece- Quem parou, quando e porquê Divulgação/Volvo Renault São José dos Pinhais: atrasos de navios com peças da Ásia impediram cinco dias de produção de fevereiro para março. De 29 de março a 4 de abril nova parada em razão da pandemia. Scania São Bernardo do Campo: produção paralisada por dez dias do fim de março ao começo de abril devido à pandemia e irregularidade no fornecimento de peças. Stellantis Fiat Betim: férias coletivas de dez dias interromperam parte da produção da Fiat, primeiro em março e depois em abril, quando o segundo turno foi suspenso nas duas últimas semanas do mês. Toyota Indaiatuba: paralisação de 29 de março a 5 de abril em razão da pandemia. Sorocaba: interrupção na produção de Corolla Cross, Yaris e Etios – este só para exportação – na última semana de março devido à pandemia. Volkswagen São Bernardo do Campo: produção suspensa por doze dias do fim de março ao começo de abril em razão da pandemia. Taubaté: pandemia suspendeu produção do fim de março ao começo de abril. São José dos Pinhais: paralisação de doze dias do fim de março ao começo de abril devido à pandemia. Volkswagen Caminhões e Ônibus Resende: interrupção da produção na última semana de março devido à pandemia e à falta de peças. Funcionamento aos domingos para atenuar o atraso. Volvo Curitiba: 70% da produção de caminhões afetada por treze dias corridos devido à instabilidade no abastecimento de peças, principalmente componentes eletrônicos, combinada ao agravamento da pandemia.

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