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42 Novembro 2021 | AutoData MONTADORAS » APORTES R alf Brandstaetter, CEO da Volkswa- gen (na foto), passou pelo Brasil com duas missões: celebrar o retorno à lucratividade da operação SAM, que já em 2021 fechará no azul, e anunciar investimento de R$ 7 bilhões na região até 2026. O novo ciclo, que sucede a outro de R$ 7 bilhões, mas este apenas no Brasil, já está sendo aplicado e terá seu primeiro produto lançado em2023, quando chegará às ruas o Polo Track, veículo de entrada montado sobre a plataforma MQB em Taubaté, SP. O Polo Track será o primeiro de uma nova família de veículos compactos, se- gundo o presidente da VWAmérica Lati- na, Pablo Di Si, que não se estendeu em comentários a respeito. Deixou transpare- cer, porém, que esta família chega para substituir os atuais Gol, Saveiro e Voyage, os anciãos BX, que deixarão as linhas por não se adequarem às novas legislações de segurança e de emissões que entrarão em vigor nos próximos anos (veja box). “O carro compacto terá mais conteúdo e, por isso, ficará mais caro. É um segmen - to que deverá reduzir sua participação mas aindamanterá volume importante nos próximos anos. E a nova família, produzida sobre a MQB, será mais segura e oferecerá mais tecnologia.” O desenvolvimento e a produção de uma nova família de modelos compactos não será apenas o foco do novo ciclo. Boa parte do dinheiro será aplicada no que Di Si considera geração de conhecimento para o País: o desenvolvimento de novidades di- gitais, como uma nova geração do sistema de infotainment VWPlay, e em pesquisas combiocombustíveis, dentro do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Biocom- bustíveis, que tem sua sede aqui. A decisão sobre o novo ciclo, e o seu anúncio, só foram possíveis, segundo o presidente, por causa do retorno à lucra- tividade da região. Ele garante, porém, que todo o investimento será custeado pela própria VWSAM, que buscará finan - ciamentos locais, citando o BNDES como potencial parceiro: “Hoje a Volkswagen é Por André Barros Volkswagen abre o cofre Novo plano de investimento de R$ 7 bilhões pelos próximos cinco anos terá outros focos além de apenas novos produtos – e a nacionalização de peças está nesta lista. Divulgação/VW

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