383-2021-11

44 Novembro 2021 | AutoData MONTADORAS » APORTES O começo do fim do Gol A produção do Volkswagen Gol em Taubaté, SP, parece estar com os dias contados. O presidente Pablo Di Si não decretou com todas as palavras sua extinção, mas deixou no ar a possibilidade de o hatch, por 26 anos o modelo mais vendido no mercado brasileiro, ter o mesmo destino que outros modelos clássicos da marca, como o Fusca e a Brasília. O executivo garantiu sua produção em 2022, mas a chegada do Polo Track, um ano depois, deverá alterar os planos com relação à faixa de entrada no mercado. Com as novas legislações a produção do Gol atual ficaria inviável, pois seria preciso adicionar tecnologias e itens de segurança que a plataforma atual não comporta. “O Gol é um ícone. Estamos passando por um processo de assimilar que nossa estratégia, no futuro, é a plataforma MQB”, disse o executivo na entrevista coletiva de anúncio do investimento de R$ 7 bilhões na região até 2026. “Os carros da categoria do Gol estão subindo um degrau. Nosso desafio agora será comunicar isso aos nossos clientes históricos.” Para bom entendedor é o suficiente. As mudanças nas legislações de segurança e emissões já fizeram duas vítimas VW este ano: o Up! deixou de ser produzido em Taubaté, SP, e o Fox se despediu do mercado após dezoito anos de produção em São José dos Pinhais, PR, abrindo mais espaço para o T-Cross, agora o único modelo produzido ali. Embora esteja longe de seu desempenho no passado o VW Gol ainda demonstra fôlego no mercado. Em outubro foi o décimo mais vendido do País, com 5 mil emplacamentos, repetindo a mesma posição registrada no acumulado do ano, com ao todo 51 mil unidades comercializadas. É, ainda, o Volkswagen mais vendido no mercado brasileiro, mesmo que por uma diferença ínfima, de dezenas de emplacamentos, para o T-Cross. Mas no caso do Gol, segundo dados da Fenabrave, as vendas diretas respondem por quase 68% do total de 2021, enquanto para o T-Cross representam um pouco menos da metade. atender ao mercado brasileiro: “Por aqui temos o etanol, outros mercados têm ou- tros combustíveis. Os híbridos flex podem, também, por exemplo, ser abastecidos com gasolina”. Di Si segue defendendo o maior apro- veitamento dos biocombustíveis emmer- cados nos quais os elétricos chegarão com menor velocidade. Segundo ele ainda há muito o que fazer com relação aos com- bustíveis renováveis, inclusive as células de combustível, outro projeto sobre o qual se debruçarão os engenheiros do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Bio- combustíveis que a Volkswagen constrói em São Bernardo do Campo, SP. “Somos a única empresa a ter um centro de desenvolvimento do gênero. Queremos levar o híbrido flex daqui para o mundo.”

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=