390-2022-07

23 AutoData | Julho 2022 De 2011 a 2020 houve redução de 30%, de acordo com levantamento realizado pelo IHME, Instituto para Avaliação de Métricas emSaúde, daUniversidade deWashington. O resultado pode parecer animador, mas foi insuficiente para cumprir a meta de baixar em 50% o número de mortes e lesões no trânsito, conforme estipulado pela OMS, OrganizaçãoMundial de Saúde, e pelaONU na primeira edição do plano Década de Ação pela Segurança no Trânsito de 2011 a 2020, que já entrou na segunda fase para o período 2021-2030 com proposta de nova redução de 50%. A evolução dos sistemas de segurança veicular caminham nessa direção. Criado há mais de quarenta anos o sistema de airbags evoluiu bastante e hoje oferece ainda mais segurança. Por meio de sen- sores internos e externos uma unidade de controle de airbag de última geração identifica o tipo de acidente, bem como sua gravidade, e aciona simultaneamente airbags e tensor dos cintos somente se for necessário. Em apenas 10milissegundos – dez ve- zes mais rápido do que uma piscada – a central eletrônica interpreta os dados dos sensores para determinar se o motorista simplesmente pisou no freio, colidiu com outro automóvel ou se o veículo teve um acidente grave, colisão ou corre o risco de capotar. Se a situação representar perigo o sistema é disparado e, em 30 milissegun- dos, os airbags são totalmente inflados. O sistema antitravamento dos freiosABS também foi lançado hámais de quatro dé- cadas e, desde então, vem contribuindo para quemotoristasmantenhamo controle do carro em frenagens de emergência, impedindo que as rodas travem mesmo quando o condutor pisa no pedal com toda a força. A função do sistema ABS não é reduzir a distância de parada mas permitir que o motorista possa desviar de obstá- culos durante a frenagem. PODE MELHORAR Alejandro Furas, secretário geral do Latin NCAP, Programa de Avaliação de Carros Novos, concorda que os veículos à venda no Brasil estãomais seguros, mas faz uma ressalva: não existem requisitos técnicos que permitamo controle de produção dos equipamentos, e por isto não há como ga- rantir que os airbags produzidos aqui sejam tão eficientes quanto osmodelos europeus ou estadunidenses. Além disso, de acordo com Furas, as montadoras na Europa e nos Estados Uni- dos buscam se destacar nas avaliações de segurança: “Se você analisar os carros vendidos nesses mercados verá que a maioria tem quatro ou cinco estrelas nos testes”. Por aqui a preocupação parece ser apenas cumprir o que a legislação exige, nada além. Michel Braghetto, gerente de marke- ting da divisão de sistemas de controle de chassi da Bosch, vê cenário diferente: “Certamente os veículos produzidos atu- almente na região do Mercosul são mais seguros, principalmente em mercados que tendem a acompanhar as evoluções daqueles mais maduros. Nesse sentido o Brasil se sobressai”. Ele esclarece: “Alémdo aumento signifi - cativo de taxas de instalação de tecnologias como o controle eletrônico de estabilidade, a frenagemautomática de emergência e o alerta de permanência em faixa [sistemas ainda não obrigatórios e presentes nas ver- sões mais caras dos carros], observamos tambémesforços paramelhorar a estrutura veicular no que tange ao impacto lateral contra barreira e poste”. Reprodução/Internet

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=