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24 Julho 2022 | AutoData SEGURANÇA » TECNOLOGIA Marcus Vinícius Aguiar, vice-presi- dente da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, concorda com Braghetto e diz que os carros produzidos aqui são idênticos aos modelos feitos no Exterior porque as plataformas são as mesmas: “Por questões econômicas não se produz mais um automóvel es- pecífico para o mercado brasileiro, como se fazia antigamente. Hoje temos plata- formas globais que são difundidas para outros países. Em termos de estrutura e de tecnologia os nossos veículos hoje estão em nível de igualdade com os que são oferecidos lá fora”. Não é o que vêmmostrando asmais re- centes avaliações do LatinNCAP, realizadas na Alemanha, que não são reconhecidas pelas empresas fabricantes de veículos no Brasil. Quando são submetidos aos testes mais rigorosos como os já aplicados na Europa pelo Euro NCAP os modelos mais populares produzidos no Brasil e vendi- dos em alguns países da América Latina têm resultados pífios, pontuando de três estrelas para baixo ou até mesmo ficando com nota zero. FALTAM ESTATÍSTICAS Embora airbags e freios comABS sejam obrigatórios nos carros nacionais novos desde 2014 ainda não existem levanta - mentos quemostrema efetividade desses equipamentos na redução de acidentes e mortes. Mas é razoável utilizar alguns estudos realizados no Exterior. De acordo com um levantamento de 2015 publicado pelaNHTSA, sigla em inglês paraAdministraçãoNacional de Segurança Rodoviária, dos Estados Unidos, as bolsas infláveis contribuem para reduzir em 29% as mortes de motoristas e em 32% as de passageiros com 13 anos oumais no banco dianteiro. A mesma entidade calcula que o uso combinado do airbag com cinto de segurança de três pontos ajuda a reduzir em61% o risco demorte emcolisão frontal. Já oABS tem função ainda mais impor- tante ao evitar que um acidente aconteça. Estudo do IIHS, instituto de segurança ro- doviária ligada às seguradoras dos Estados Unidos, mostra que freios comABS podem diminuir em até 37% o risco de acidentes fatais e evitam 23% das colisões. Outro estudo, realizado em 2008 pelo Cesvi Brasil, Centro de Experimentação e Segurança Viária, mostrou que se todos os veículos leves e caminhonetes da frota brasileira naquela época, estimada em 49 milhões de veículos, fossem equipados com airbags isso teria contribuído para evitar a morte de aproximadamente 490 pessoas por ano, alémde evitar ferimentos em mais de 10 mil pessoas. Divulgação/Volkswagen

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