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57 AutoData | Setembro 2023 Fotos: Divulgação/Empresas PRÊMIO AUTODATA 2023 » INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - MONTADORA Honda Mercedes-Benz Toyota Volkswagen Assim como já faz no Brasil há muitos anos a Moto Honda adota a tecnologia flex, motores bicombustível etanol-gasolina, nas motos que produz na Índia, um dos seus principais mercados de motocicletas do mundo. Lá os modelos que rodam com E20, mistura de até 20% de etanol à gasolina, começaram a ser vendidos em 2023. A ideia é que, até 2025, comecem a rodar também motocicletas E100 no país. Adotar motores mais eficientes de combustão interna, com mistura de biocombustíveis, foi a solução encontrada pela Moto Honda para o Brasil e para a Índia dentro de seu plano global de descarbonização. Ao menos até agora somente estes dois países serão contemplados com a tecnologia flex. Para o resto da Ásia e na Europa a intenção é lançar motos elétricas. A Mercedes-Benz apresentou o primeiro caminhão autônomo nível 4 em operação no País. O modelo é um Atego e o projeto foi desenvolvido em parceria com a startup Lume Robotics, responsável pela automação, e com a Ypê, que inaugurará centro de distribuição 4.0 e decidiu apostar no modelo. O nível 4 significa que ele roda sem supervisão alguma em local confinado, onde sabe a rota que percorrerá, tem uma pré-roteirização e consegue se locomover sem motorista. A MercedesBenz projeta, também, até dezembro, alcançar a marca de 1 mil caminhões autônomos vendidos para colheita de cana. O modelo Axor 3131 autônomo para esta aplicação foi desenvolvido em parceria com a Grunner, responsável pela automação do veículo. Seiscentas unidades já foram comercializadas. A Toyota apresentou na Índia o projeto piloto Hybrid Flex Technology, replicando a iniciativa que já existe no Brasil há quatro anos, quando foi lançado o Corolla com powertrain híbrido que combina motor elétrico e a combustão que pode ser abastecido com etanol ou gasolina. Um modelo produzido em Indaiatuba, SP, foi apresentado a autoridades indianas. Segundo a companhia esta será uma importante alternativa para reduzir as emissões do transporte na Índia, que, como o Brasil, é um dos principais produtores de cana-de-açúcar do mundo. Em abril representantes da Toyota estiveram no país em uma delegação com integrantes do governo, da Unica, União da Indústria de Canade-Açúcar, e outros representantes da indústria automotiva do Brasil para promover o uso de etanol. Em sua caminhada rumo a zerar emissões de carbono de seus processos e produtos no Brasil a Volkswagen esbarra no hábito do consumidor que usa mais gasolina do que etanol porque só leva em conta a vantagem financeira de um ou outro. Um instrumento para tentar mudar este costume foi uma das primeiras iniciativas do Way To Zero Center, centro de desenvolvimento global de biocombustíveis na fábrica de São Bernardo do Campo, SP. Já estão nos smartphones e VW Play, sua a central multimídia, uma calculadora que aponta as emissões de CO2 do veículo abastecido com etanol ou gasolina. Este é um dos 23 projetos do Way To Zero Center, em parceria com sete empresas e dez universidades, que vão desde aumentar a eficiência dos motores flex até o desenvolvimento de célula de combustível polimérica de etanol.

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