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79 AutoData | Setembro 2023 Mão de obra qualificada, boa infraestrutura logística e a proximidade de dezenas de fornecedores já instalados na região foram os fatores que levaram a Toyota a escolher o município no Interior paulista para instalar sua segunda fábrica no País, em busca de crescimento sustentável para atender à crescente demanda por automóveis no Brasil e mercados vizinhos. ESTILO CONSERVADOR Apesar de já estar havia quatro décadas no País a Toyota tinha penetração tão discreta no mercado brasileiro que passou a ser percebida como uma das chamadas newcomers que estavam se instalando por aqui. Por isto a fábrica de Indaiatuba foi um divisor de águas, um segundo início com um produto moderno e de qualidade reconhecida em todo o mundo. Mas não havia pressa alguma de crescer. No melhor estilo ultraconservador japonês, de investir gradualmente sempre atrás da demanda e nunca à frente dela, a operação de Indaiatuba nasceu com ambições tímidas, montando partes importadas do Corolla que chegavam em kits CKD do Japão e capacidade para fazer apenas 10 mil carros por ano. Como sempre parece acontecer com empresas japonesas o crescimento da operação foi mais rápido do que o planejado. Perdem-se algumas vendas com isto mas ninguém fica decepcionado com prejuízos. Assim Indaiatuba foi avançando, com saltos seguros. A primeira expansão da produção aconteceu apenas dois anos após a inauguração, em 2000, com investimento de US$ 300 milhões, o dobro do aporte inicial. O avanço na preferência nacional pelo confiável sedã Corolla, até hoje o único modelo produzido em Indaiatuba – com adição da variante perua station wagon Fielder de 2004 a 2008 –, balizou o crescimento acelerado da fábrica, que ao longo de 25 anos multiplicou por oito sua capacidade: pode produzir cerca de 80 mil veículos por ano e em tempos pré- -pandemia precisou trabalhar acima de sua capacidade nominal, chegando a montar mais de 85 mil unidades. Raio-X Toyota Indaiatuba Área Total 1,5 milhão m2 Principais investimentos recebidos 1998 - Inicial: US$ 150 milhões 2000 - Ampliação: US$ 300 milhões 2004 - Fielder: US$ 15 milhões 2007 - Motor Flex: US$ 15 milhões 2018 - Novo Corolla + Híbrido Flex: R$ 1 bilhão 2022 - Modernização da produção: R$ 50 milhões Número atual de empregados 1 mil 478 (julho/2023) Total de veículos produzidos 1,4 milhão (até julho/2023) Exportações 291,8 mil veículos exportados desde 2005, oito países atendidos: Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Chile, Colômbia, Equador e Venezuela. Fornecedores produtivos 125, nacionalização de 75% Instalações Estamparia Funilaria/Solda Pintura Montagem Final Pista de Testes

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