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32 Outubro 2023 | AutoData PERSPECTIVAS 2024 » TENDÊNCIAS os importados serão taxados de forma igual em 35% e por isto trabalha com três cenários. Num primeiro, caso sigam sem alteração, os eletrificados teriam aumento representativo de participação de mercado ano a ano, saindo dos atuais 4,9% para os 10% até o fim de 2026. Numa situação de taxação moderada os eletrificados teriam aumento ano a ano com maior representatividade dos veículos nacionais e participação de 10% em aproximadamente quatro anos, até 2028. Por fim, com tarifa de importação de 35% para todos, Milad indica que os eletrificados teriam crescimento dependente do desenvolvimento dos veículos com produção nacional e os importados estariam bem limitados e chegariam a 10% do mercado por volta de 2030. Denys Cabral, head de inovação da Becomex, acredita que as vendas de eletrificados dependem das ações do governo: “Caso seja um aumento gradual do imposto de importação, e não uma mudança abrupta para 35%, acredito que o impacto não será tão relevante. Com a entrada de novos modelos eletrificados fabricados no Brasil nos próximos anos a tendência seria de termos uma recuperação das vendas”. MAIS HÍBRIDOS FLEX NO FORNO Stellantis, Volkswagen e Renault já anunciaram que em breve se juntarão à Toyota e terão seus modelos híbridos com motores a combustão flex, bicombustível etanol-gasolina. Tripodi aponta que “provavelmente teremos lançamentos de veículos híbridos flex já em 2024. Todas as montadoras presentes aqui possuem esta tecnologia e estão atentas ao rápido crescimento dos híbridos, como o Toyota Corolla sedã e SUV”. Em um País com vasta experiência em produzir, distribuir e usar biocombustíveis a tecnologia híbrida flex é uma alternativa muito viável para o mercado, até porque não está condicionada à infraestrutura de recarga das baterias. O híbrido flex, para Tripodi, tende a ser um dos caminhos viáveis para desenvolvimentos futuros e poderia se tornar carbono neutro com o uso exclusivo de etanol como combustível. “Os investimentos têm relação direta com escala”, pontua Padovan. “Enquanto o Brasil anda de lado com um mercado de 2 milhões de unidades a China soma 25 milhões, os Estados Unidos vendem 14 milhões e a União Europeia chega a 13 milhões. No mundo são 80 milhões Divulgação/Stellantis

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