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35 AutoData | Dezembro 2023 so com projeções positivas para 2024, mas ainda contidas, que representam pequeno avanço após três anos de estagnação do mercado brasileiro. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, concordou que é preciso fazer um esforço conjunto dos setores público e privado para que o País volte a crescer com mais estabilidade. A entidade estima que em 2024 fatores positivos podem permitir crescimento maior do mercado interno, na ordem de 5% a 7% sobre 2023. Mas o dirigente ponderou que a indústria nacional pode perder terreno, pois este ano houve aumento expressivo das importações, tanto das montadoras quanto das próprias importadoras. Cláudo Sahad, presidente do Sindipeças, afirmou que a entidade trabalha com expectativa de fornecer à indústria com produção em crescimento de 5% sobre 2023, para 2,4 milhões de veículos em 2024. Para o segmento de automóveis a estimativa é de alta de 4% e, para comerciais leves, 7%, com recuperação prevista também para caminhões e ônibus. Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil, foi o mais otimista: “Esperamos um crescimento [do mercado de veículos leves] de 5% a 10%, puxado pela redução da taxa de juros, pelo mercado corporativo muito forte e pelo fato de todas as montadoras estarem com abastecimento pleno, sem grandes faltas de componentes, apesar das guerras”. Mais comedido Fábio Rua, vice-presidente de comunicação e relações governamentais da General Motors do Brasil, falou em crescimento de 2% a 5% do mercado brasileiro, resultado de ações como o empenho do governo em acelerar o processo de descarbonização da emissões: “Mas, mais do que isto, precisamos ser mais eficientes, pois temos capacidade ociosa de 53%. Podemos produzir 750 mil carros por ano e nosso desejo é fazer pelo menos 600 mil”. Márcio de Lima Leite, Anfavea Cláudio Sahad, Sindipeças Margarete Gandini, MDIC

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