56 Dezembro 2023 | AutoData POLÍTICA INDUSTRIAL » IMPOSTO para o mercado. Encarecerá o preço dos veículos elétricos e híbridos no Brasil e afetará as decisões de investimento das empresas que apostavam em regras estáveis para produzir veículos elétricos em território nacional”. Dois dos maiores fabricantes chineses de carros eletrificados, BYD e GWM, vinham se beneficiando da isenção ou redução do imposto de importação e atingiram bons níveis de vendas em pouco tempo. Ambas já compraram unidades fabris no Brasil e divulgaram investimentos bilionários para iniciar a produção de modelos elétricos e híbridos em 2024 e 2025. Depois da divulgação da retomada da tarifa, até o momento, nenhuma das duas divulgou qualquer menção a cancelar ou reduzir os investimentos prometidos. A Abeifa, por dever de ofício, foi menos filosófica e mais enfática ao apontar as perdas que a retomada rápida da taxação traz aos seus associados, como diz a nota da entidade: “A proposição de aplicação imediata, em janeiro de 2024, da nova política de alíquota do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos, ainda que faseada até julho de 2026, com 35%, é por demais punitiva ao nosso setor, em especial quando as nossas associadas já estruturaram seu planejamento comercial para o próximo ano, além de ter produção em andamento em suas matrizes, unidades em trânsito por via marítima e até compromissos já firmados com as redes de concessionárias para os primeiros meses do ano”. SEM PLANO DE PRODUÇÃO Em que pese os jogos de palavras e interesses analistas do setor veem na retomada do imposto uma oportunidade que não poderá ser bem aproveitada, pois o País não tem cadeia de suprimentos preparada para fornecer os componentes necessários para produzir elétricos ou híbridos. 18,9 32,1 40,8 73,6 117,9 Híbridos Elétricos 2020 2021 2022 2023* 2024* Vendas de carros eletrificados no Brasil Em mil unidades/*Projeção 19,7 0,8 77% 41% 80% 61% 35 2,9 8,4 15,2 24,1 49,2 88,8 142 Fonte: Anfavea
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