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12 FROM THE TOP » JOÃO OLIVEIRA, JLR E ABEIFA Fevereiro 2024 | AutoData Quais são as projeções de desempenho para o Grupo JLR no Brasil este ano? Não projeto nenhum crescimento mais expressivo. Como eu disse em 2024 ainda ficaremos muito focados na configuração da experiência que oferecemos aos clientes aqui no País, com a adoção completa dos conceitos de luxo moderno e a divisão [da Land Rover] como três marcas individualizadas. Esta ainda é a agenda prioritária deste ano, o que vai fazer a gente andar com volumes parecidos com os de 2023. Há pouco menos de um ano a Jaguar Land Rover tomou a decisão de mudar o nome: vocês adotaram a sigla JLR e abandonaram a tradicional marca de SUVs Land Rover, agora representada pelas antigas submarcas Defender, Discovery e Range Rover. Esta mudança tem dado certo? Como é a percepção dos clientes dessa mudança aqui no Brasil? Sim, está dando certo. Percebemos que os clientes já entendem o conceito e as razões para essa mudança, pois eles começam a perceber tratamento exclusivo, diferente, dentro de cada uma das [três] marcas. Também está mais fácil fazer eventos dedicados. Cito dois exemplos: no ano passado estivemos na Agrishow, foi o primeiro evento que fizemos aqui no País com uma marca individual, a Defender. No começo os clientes olhavam e tentavam encontrar o estande da Land Rover. Disseram que gostaram da ideia mas questionaram se podiam comprar outra coisa no estande que não fosse um Defender [o SUV mais robusto da fabricante]. E podia, tanto que o Range Rover Sport foi um modelo bem vendido na Agrishow, mas toda a experiência esta- “ O Grupo JLR não é mais uma empresa de carros que fabrica produtos de luxo, mas uma empresa de luxo que fabrica carros. Isto não é só semântica, é importante porque direciona tudo o que fazemos.” consumidores. Então estamos muito mais focados na mudança do que em determinar quanto que isso vai trazer de vendas. O volume será uma consequência desse trabalho. No Brasil, que é o maior mercado da região sob sua direção, os modelos Defender, Discovery e Range Rover importados, os mais caros, registraram crescimento de vendas e 86% em 2023. Foram 3 mil unidades que representaram 61% dos emplacamentos das três marcas. Já os dois modelos que são feitos aqui no Brasil, o Discovery Sport e o Range Rover Evoque, tiveram queda de 4% nos volumes. Por que os importados venderam mais? Existem fatores como disponibilidade de produção, de componentes, ajuste de demanda para dar prioridade a produtos que, hoje, estão com mais tempo de espera... Há uma série de fatores, mas claramente nos concentramos em trabalhar os modelos importados porque eles nos ajudam a aprofundar a jornada do luxo moderno. Mas, para o nosso planejamento, os produtos locais e os importados são igualmente importantes.

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