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42 Fevereiro 2024 | AutoData POLÍTICA SETORIAL » MOVER do combustível, seja líquido, gasoso ou eletricidade, até sua distribuição e utilização nos veículos – deverá favorecer em boa medida uma vantagem competitiva do Brasil na rota de desfossilização das emissões veiculares: os biocombustíveis, especialmente o etanol já largamente distribuído no País, que no seu ciclo produtivo reabsorve em torno de 90% do CO2 emitido pelos carros nas próprias plantações de cana-de-açúcar. O Mover, aliás, tem vinculações com outros programas que visam à descarbonização: o RenovaBio, o Projeto de Lei do Combustível do Futuro e o Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro. A ideia do MDIC é trabalhar em parceria com o Ministério do Transporte e com o Inmetro para aprimorar e construir essas métricas. A aferição de emissões do poço à roda só passa a ter validade em 2027, dando tempo para que as empresas se adaptem. Neste período, ressalta Uallace Moreira, o MDIC tratará de aprimorar os critérios de medição. Isto porque é preciso levar em consideração a origem de, por exemplo, um carro elétrico e qual é a matriz energética de sua fonte de eletricidade. Esta discussão, sobre como mensurar o CO2, até então, está em aberto. Cássio Pagliarini, diretor de estratégia da Bright Consulting, explica que as medições são feitas por combinação e aglutinação de valores: “Já existe mensuração para a produção de CO2, pegada de carbono, para praticamente todas as atividades humanas. Basta definir a metodologia de cálculo que será usada em cada etapa e somar as várias etapas”. No caso da medição da pegada de carbono de um veículo berço ao túmulo, prevista pelo Mover para começar em 2027 – inclui emissões desde a produção do veículo e seus insumos, passa por sua utilização e termina na destinação após o ciclo de vida do produto –, Pagliarini pondera que o cálculo começa na mineração dos materiais que serão utilizados na fabricação do veículo e termina quando todos esses materiais retornam para reciclagem e reaproveitamento. No primeiro ciclo de cinco anos do Rota 2030, de 2019 a 2023, a eficiência foi medida pelo gasto energético do carro em megajoules por quilômetro rodado. A novidade trazida pelo Mover é que a partir Divulgação/Arquivo Pessoal Divulgação/Volkswagen

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