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51 AutoData | Fevereiro 2024 em janeiro, que estabelece diretrizes da política industrial brasileira para os próximos dez anos e que prevê R$ 300 bilhões em financiamentos, até 2026, concedidos à indústria instalada no País pelo BNDES, Finep e Embrapii. Certamente empresas do setor automotivo que anunciaram investimentos bilionários deverão se valer desses recursos, mais baratos que a média de mercado, para financiar seus programas. ESCALA Depois de previsibilidade outra palavra muito escutada dos especialistas e envolvidos no programa é “escala” – ou a falta dela para justificar investimentos altos para um mercado pequeno. Como o Mover incentiva a adoção de tecnologias em sustentabilidade e segurança é de se esperar um aumento de custos e preços dos veículos, o que pode estreitar ainda mais o já combalido poder de compra da população e frear o crescimento das vendas no País. Esta, no entanto, por enquanto não parece ser preocupação do governo. Uallace Moreira admite que tecnologia pode encarecer o produto mas, conforme ela avança, aumenta a concorrência e o preço é reduzido: “Em vez de injetar subsídios para carros elétricos, por exemplo, como fazem alguns países, o Brasil está criando os parâmetros para criar concorrência e gerar um mecanismo para que a sociedade, em breve, tenha acesso a estes novos carros”. No entendimento do MDIC a escala será criada naturalmente com as rotas tecnológicas desenvolvidas no Brasil e com a entrada de players que têm poder de competição muito alto – caso de BYD e de GWM, por exemplo. A percepção é que o programa induz a indústria a investir, seja por obrigação ou oportunidade de aumentar os ganhos. Mas demorará para saber o quanto, de fato, o Mover poderá movimentar o setor automotivo nacional na rota de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável. Divulgação/Volkswagen

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