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55 AutoData | Fevereiro 2024 “O Brasil é estratégico para o plano global de expansão de negócios da GM”, garantiu Amin. “Além de ser um polo exportador de veículos para a América do Sul conta com um amplo centro de desenvolvimento de engenharia e é um mercado com alto potencial de crescimento com vocação também para veículos de novas tecnologias, em sintonia com a matriz energética predominantemente limpa do País.” O novo ciclo foi anunciado sem nenhuma prestação de contas do programa de investimento anterior, de R$ 10 bilhões que seriam aplicados de 2020 a 2024, nas fábricas paulistas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos. Somente um modelo novo, a nova geração da picape Montana, produzida desde 2023 em São Caetano, emergiu no período. Os aportes foram anunciados na esteira de descontos no ICMS oferecidos pelo IncetivAuto, criado pelo governo paulista em 2019. A GM, no entanto, não utilizou o programa. Ao lado do presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, Amin evitou dizer se os investimentos contemplam a introdução de veículos 100% elétricos a serem produzidos aqui. O executivo admitiu, apenas, que a empresa seguirá com o planejamento de importar carros a bateria, que este ano inclui os já anunciados Blazer EV e Equinox EV. Já está decidido, entretanto, que a GM seguirá investindo em seu centro de engenharia brasileira: segundo Chamorro parte do novo investimento será aplicado para reforçar a área, que hoje conta com 1,5 mil engenheiros em São Caetano do Sul. HÍBRIDOS? Nos últimos meses a GM flexibilizou o discurso ao admitir que o desenvolvimento e a produção de veículos híbridos flex está em seu radar. Antes era categórica e afirmar que seu próximo passo no Brasil seria igual ao indicado pela matriz para todo o mundo: o 100% elétrico. Mas Amin e Chamorro mantiveram o mistério, sem confirmar o desenvolvimento de híbridos nem dizer qual será o Executivos da GM divulgam investimento após reunião com Lula: poucas pistas. Foto André Barros/Agência AutoData. passo a seguir contemplado pelo novo investimento, mas ambos deixaram claro que as possibilidades existentes estão todas na mesa. “Estudaremos o comportamento do consumidor para definir os próximos passos da GM rumo ao nosso objetivo zero- -zero-zero: zero emissão, zero congestionamento e zero acidente”, limitou-se a dizer Amin. “A solução não será uma só tecnologia”, admitiu Chamorro. “O elétrico é melhor do que o híbrido que, por sua vez, tem mais benefícios do que o motor a combustão. Vamos trabalhar sobre estes benefícios ambientais e das regulamentações de cada mercado.” Incluídos no novo pacote de R$ 7 bilhões estão os lançamentos de seis modelos que serão introduzidos este ano no mercado brasileiro. Três deles já são conhecidos: os dois elétricos importados e a nova geração do Spin, produzido em São Caetano do Sul, SP, a ser lançado ainda no primeiro trimestre. Chamorro acrescentou que todo o portfólio atual – Onix, Onix Plus, Tracker, Montana, S10 e Blazer – será renovado e outros novos modelos acrescentados. POLÍTICA INDUSTRIAL Para os executivos da GM o Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, a segunda fase do Rota 2030, e a nova política industrial, anunciada em janeiro pelo governo federal, garantem ao setor a

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