407-2024-02

7 AutoData | Fevereiro 2024 CONFERÊNCIA NA PONTA DO LÁPIS 1 Lentes, na edição 399 de AutoData, de maio do ano passado, 2023, trazia conjunto de quatro notas com o título A Conferir. Diziam que Banco Mundial e FMI anunciavam o Brasil como a oitava economia mundial logo ali, no ano seguinte. Ou seja: reeditaríamos 2008 agora, já em pleno 2024. É: era necessário esperar para conferir – mesmo porque gente como o ex-ministro da Fazenda do governo anterior, cujo nome certamente não reproduzirei aqui, se cansara de afirmar que, “com Lula em seis meses o Brasil se transformará numa Argentina e em dezoito meses numa Venezuela”. Mas em menos de um ano a economia brasileira ultrapassou a do Canadá na medição dos seus PIBs pois, ali por meados de dezembro passado, o FMI, que vem a ser o conservador Fundo Monetário Internacional, distribuía nota acompanhada de entrevista coletiva à imprensa informando que o Brasil tornara-se a nona maior economia do mundo, uma ascensão de três posições diante de 2022. O contexto: a economia mundial se recuperava lentamente dos efeitos da pandemia da covid 19 e da guerra na Ucrânia, a perspectiva para a inflação global era queda de 8,7% em 2022 para 6,9% em 2023 e para 5,8% em 2024 e os preços internacionais das matérias-primas se tornavam mais baixos. CONFERÊNCIA NA PONTA DO LÁPIS 2 Foi este o ranking anunciado, tudo medido na casa de trilhões de dólares à exceção do resultado do país colocado em vigésimo lugar, a Suíça, que somou US$ 905 bilhões: Estados Unidos, US$ 26 trilhões 950 bilhões; China, US$ 17,7 tri; Alemanha, US$ 4 tri 430 bi; Japão, US$ 4 tri 230 bi; Índia, US$ 3 tri 730 bi; Reino Unido, US$ 3 tri 330 bi; França, US$ 3 tri 50 bi; Itália, US$ 2 tri 190 bi; Brasil, US$ 2 tri 130 bi; Canadá, US$ 2 tri 120 bi. Vêm, a seguir, Rússia, México, Coréia do Sul, Austrália, Espanha, Turquia, Holanda, Arábia Saudita e Suíça. As mudanças anotadas foram poucas: a Alemanha ultrapassou o Japão, a Itália ganhou duas posições, o Brasil ganhou três e o Canadá perdeu duas. MARICÁ É O LUGAR DA INDÚSTRIA 1 A manchete é: a cidade de São Paulo está reduzindo sua vantagem no posto de maior polo industrial do País. E foi gerada por pesquisa do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ninguém contestou nem refutou. Certamente é verdade diante da óbvia seriedade do IBGE. Maricá, na região fluminense dos Lagos, tornou-se a nova locomotiva industrial do País com o maior crescimento do setor. Em 2021, o PIB industrial de São Paulo cresceu 3,1% contra 3,3% de Maricá. Diz o IBGE que a contribuição da Capital paulista para o PIB da indústria caiu de 12,7% para 9,2% na última medição, e que Maricá saiu do 0% para 1% de contribuição no índice nacional. MARICÁ É O LUGAR DA INDÚSTRIA 2 Por participação no PIB industrial as dez cidades mais ricas do País são São Paulo, 9,2%; Rio de Janeiro, 3,99%; Brasília, 3,18%; Belo Horizonte, 1,17%; Manaus, 1,15%; Curitiba, 1,09%; Osasco, 0,96%; Maricá, 0,95%; Porto Alegre, 0,91%; e Guarulhos, 0,86%. DA ANFAVEA SOBRE... “É uma excelente notícia para toda a cadeia da indústria automobilística brasileira”, afirmou a Anfavea, em nota. “Nesta nova etapa o Programa Mover tem como objetivos incentivar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a descarbonização, a melhoria contínua da eficiência energética e da segurança veicular, o estímulo à produção de novas tecnologias, a promoção do uso de biocombustíveis e outras energias alternativas, a capacitação da mão de obra e o alinhamento a uma economia de baixo carbono.” Nada mais politicamente correto.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=