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6 LENTES Fevereiro 2024 | AutoData A CONFERIR: GM NA BOCA DO POVO. 1 É claro que a companhia diz que não mas as apostas, de gente do setor de veículos – montadoras, autopeças, concessionárias – tentam medir quanto demora para que a General Motors adote a solução fordiana e torne-se, da perspectiva brasileira, mais uma importadora de veículos. As negociações para vender a operação no Brasil à SAIC, da China, não prosperaram, alguma boa alternativa não surgiu e, diz-se, Santiago Chamorro, o representante de Mary Barra por aqui, não vê a hora de ser chamado para uma nova missão, nos Estados Unidos ou na Europa, quem sabe nas Saldivas ou nas Cayman. E isto apesar de todo o oba-oba do anúncio de novo investimento de R$ 7 bilhões até 2028 feito pessoalmente ao presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva, por Shilpan Amin, presidente da General Motors International (na foto acima), em 25 de janeiro. Talvez o limite da companhia seja este, 2028, tempo necessário para planejar o desembarque, como o fez a Ford. A CONFERIR: GM NA BOCA DO POVO. 2 Claro que a situação da subsidiária brasileira insere-se, diretamente, no contexto mundial da companhia. Para quem outro dia declarou-se francamente elétrica ter que ainda pensar de maneira híbrida ao Sul do Equador pode ser uma solução, uma autocrítica diante do eletricismo fácil dominante na realidade destes países abaixo do Rio Grande. E é mais uma circunstância a ser conferida. Mas não se pode esquecer que o Brasil também não ajuda: não conseguiu, até hoje, tornar-se um efetivo País do presente; governo após governo vive a perseguir um futuro que não chega apesar de tantos bons e generosos trens vagarosos terem passado pelos piers de suas estações. A CONFERIR: GM NA BOCA DO POVO. 3 Este País conseguiu perder sua pedra de toque na forma de custos altamente competitivos: quando o custo Brasil tornou-se mandatório para sustentar dinheiro legislativo a fundo perdido provavelmente a indústria ouviu o dobrar de seus sinos. Como na Espanha em 1936. Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br Divulgação/Presidência da República

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