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14 FROM THE TOP » ALEXANDRE ABAGE, GRUPO ABG Março 2024 | AutoData Eu acho que nada é ao acaso. Foram oportunidades que vieram a nós por meio de nossos clientes, das montadoras, que precisaram recolocar um fornecedor local estratégico que, por algum motivo, quer sair do País, seja para fazer investimentos mais pesados na eletrificação seja para colocar seus esforços em regiões que têm maiores volumes ou tecnologias, seja pela complexidade de se operar no Brasil com todas as suas dificuldades tributárias e trabalhistas. As fábricas de autopeças do Grupo ABG, até 2023, estavam bastante focadas no segmento de metalurgia, produzindo componentes de ferro e alumínio, como rodas, peças de motor, suspensão e direção. Isto mudou no ano passado com as aquisições das unidades de polímeros e eletrônicos. Por que houve esta mudança de foco? Está no horizonte outras diversificações de produtos? São diversificações mas não é mudança de foco, porque o nosso foco é atender aos clientes, independente do que ele precise. Eu brinco, aqui: se tiver que fazer panelas para nossos clientes eu vou fazer, se tiver que fazer carrinhos eu farei. Nosso grupo tem esta vocação, tem esta orientação, de atender aos clientes, independentemente da commodity que ele produza. Qual é a participação das exportações nos negócios? Existem planos de expansão internacional? Queremos chegar a 10% das receitas com exportações em até cinco anos. Já estamos olhando algumas oportunidades. Hoje temos algumas pequenas exportações para a Argentina e temos lá uma primeira unidade em construção [da Neo Rodas]. Será uma operação com um sócio local, o Grupo Mirgor, que atua no mesmo segmento e é bastante grande e respeitado. Partindo desta primeira experiência temos algumas outras empresas e a possibilidade de parcerias. Hoje o Grupo ABG é bastante focado no fornecimento original, OEM. É um mercado de escala maior, mas de rentabilidade menor. O aftermarket tem maior rentabilidade. Qual é o interesse do grupo no mercado de reposição de peças? Os produtos que fabricamos têm reposição muito pequena. No caso de rodas: quando alguém quer trocar por maiores ou diferentes, ou quando alguém mais desastrado dá uma ralada na roda, nós atendemos as concessionárias, que é mercado dos fabricantes de veículos. No caso de bancos é muito difícil haver uma troca no veículo. E assim funciona com os nossos componentes em geral. Mas estamos trabalhando para, em até cinco anos, ter 20% do nosso faturamen- “ Mesmo com muitas aquisições é determinante para o grupo manter a saúde financeira, para continuar a ser uma solução para os clientes e não uma dor de cabeça.”

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