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26 Março 2024 | AutoData MERCADO » CAMINHÕES “Trata-se do melhor desempenho da companhia nos primeiros dez anos da operação brasileira”, celebra o diretor comercial Luís Gambim. Segundo ele o plano de lançar no Brasil, já em 2021, a nova geração do caminhão extrapesado XF, em plataforma criada para a tecnologia Euro 6 mas adaptada para rodar com Euro 5 no País até o momento do avanço da legislação, no fim de 2022, foi certeiro para alcançar o resultado tão fora da curva em 2023. Gambim conta: “Até janeiro de 2023 realizamos exaustivos testes com os modelos em operação apenas para receber as atualizações do Euro 6 e serem comercializados. Além do plano assertivo da DAF o planejamento de gestão de estoque, que adequou eficientemente o volume de produção à demanda e ao tamanho de consumo da rede, melhorou o desempenho da companhia mesmo em um contexto de retração do mercado”. O primeiro bimestre deste ano refletiu o aquecimento esperado para 2024 com emplacamento de 1,5 mil caminhões DAF, todos Euro 6, incremento de 17,5% ante o mesmo período de 2023. Com isto o market share subiu para 9,5% e a DAF subiu à quinta posição no ranking: “Esperamos que o ano siga neste ritmo, impulsionado pelas perspectivas positivas para o mercado nacional”. POUCOS ACIMA DA MÉDIA Embora nenhum outro fabricante de caminhões tenha conseguido se livrar tão rápido dos modelos Euro 5, como fez a DAF, alguns conseguiram obter desempenho melhor do que a média do setor. É o caso da Volvo: pouco mais das suas 19,6 mil unidades vendidas no ano passado 28% eram Euro 5, ou seja, 5,5 mil. Alcides Cavalcanti, diretor executivo da Volvo Caminhões Brasil, atribui a demora em emplacar as vendas de Euro 6 também ao comportamento de embarcadores e frotistas, que no início do ano passado não faziam questão da nova motorização: “Eles diziam que poderiam trabalhar com o Euro 5, que não precisavam do Euro 6. Até porque o frete continuaria o mesmo. Houve dificuldade de aceitação inicial com o aumento de 20% nos preços”. Nem mesmo a importante redução no consumo de combustível de 8% a 12% prometida pelos caminhões Euro 6 foi suficiente para estimular as vendas de modelos equipados com a nova tecnologia. Nem mesmo a tese de que, conforme Cavalcanti, a economia de diesel pague em até dois anos a diferença nos preços mais altos foi suficiente para convencer a maioria dos transportadores a renovar suas frotas. Com menos estoques de Euro 5 para vender os resultados da Volvo recuaram 18,5% em 2023 e sua participação de mercado caiu de 19,3% para 18,9%. Mas, desde o fim do ano passado, a situação começou a mudar e os frotistas – que segundo Cavalcanti parecem sentir que as consultas dos embarcadores sobre fretes estão aumentando – agora querem sair na frente para garantir renovação de frota. “Frotista é aquele cara que conhece, que percebe a vibração do mercado, aquele tubarão que sente o cheiro de sangue e morde. Neste sentido já estamos com entregas programadas ao longo do ano: só para frotistas temos 5 mil caminhões encomendados.” Nos dois primeiros meses do ano a Volvo emplacou pouco mais de 3 mil caminhões, nível que, embora esteja 6,6% abaixo do mesmo período de 2023, foi Divulgação/Iveco

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