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65 AutoData | Março 2024 Na armação de carrocerias, onde trabalham 754 empregados e 381 robôs de solda, o Kardian trouxe consigo mais 42 robôs. Eichmann conta que, após um ano de preparativos as máquinas foram instaladas em apenas três semanas, um recorde. Atualmente o body shop opera com 54% de automação, mas já está prevista a subida deste porcentual para 62%, em 2025, e para 64%, em 2026, em evolução que acompanha a chegada dos novos produtos que serão produzidos sobre a plataforma RGMP, incluindo o novo SUV médio que começa a ser produzido no Paraná no ano que vem. Na pintura, onde hoje trabalham 271 pessoas, o Kardian também aumentou para 35% a automação dos processos, incluindo um sistema de detecção de defeitos por câmaras de alta resolução, que dedura até os riscos minúsculos. Graças ao sistema simulação virtual o setor ganhou quatro semanas na instalação da nova cabine de pintura. Na linha de montagem final oitocentos trabalhadores se dividem em dois turnos que ficaram um pouco mais apertados com a chegada do quinto modelo, o Kardian. Cerca de 75% das peças são carregadas aos montadores em kits puxados por carrinhos autônomos, que acompanham cada carro que entra em montagem, evitando assim a formação de estoques de componentes ao lado da linha. Uma novidade introduzida pelo Kardian no setor é um novo e compacto dispositivo que calibra em poucos minutos todos os sistemas eletroeletrônicos do carro. O conjunto de motor e câmbio é inspecionado por câmaras robôs, que detectam qualquer irregularidade antes do acoplamento do powertrain aos carros. No fim da linha atualmente é encontrado menos de um defeito, 0,8, a cada cem carros montados. Graças a todos os controles virtuais e inspeções eletrônicas o Kardian apresenta oito vezes menos problemas detectados no fim da linha de produção. “É o melhor carro que já produzimos aqui”, resume o engenheiro de processos Giuliano Eichmann.

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