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93 AutoData | Março 2024 phin Mini mais barato e o mesmo barulho publicitário, espera-se que a demanda seja ainda maior. “O Dolphin revolucionou o mercado de carros elétricos do Brasil em um curto espaço de tempo. Agora chega o Dolphin Mini, que antes mesmo de ser lançado já causou um grande alvoroço e enorme expectativa no mercado brasileiro”, avalia Tyler Li, presidente da BYD Brasil. “O carro traz uma nova proposta urbana, com soluções inovadoras, tecnologia, alta eficiência energética e excelente relação custo/benefício.” Antes mesmo de o carro chegar às concessionárias a procura foi forte, ao se levar em conta as cerca de 7 mil reservas que o Dolphin Mini recebeu nos quatro últimos dias de fevereiro, quando a BYD abriu a venda com desconto de R$ 10 mil na plataforma digital do Mercado Livre e, no dia 29, sustentou a oferta também nas suas 59 concessionárias no País. Ou seja: muitos compradores fecharam negócio antes mesmo de ter contato físico com o carro, mas sabe-se que é comum neste caso muitos concessionários adiantarem as compras para aumentar seus ganhos. Com este preço o Dolphin Mini não será o elétrico mais barato do mercado brasileiro, como era esperado, mas as especulações produziram efeitos: a Renault abaixou para R$ 99,9 mil o valor pedido pelo Kwid E-Tech, também importado da China, que assim tornou-se o elétrico mais em conta do País. Outros importadores estão reduzindo preços a cada novo movimento da BYD. ALTA EXPECTATIVA A BYD aposta alto no Dolphin Mini e projeta a entrega de até 10 mil unidades do compacto elétrico já nos primeiros sessenta dias de vendas. É certo que os volumes poderão crescer mais se a empresa trouxer a versão com bateria e autonomia pouco menores, já vista por concessionários, esta sim por preço na casa dos R$ 100 mil. Segundo o diretor de vendas Henrique Antunes a expectativa inicial era vender 25 mil unidades do Dolphin Mini este ano: “Será o nosso carro de maior volume. Mas já estamos revendo [para cima] este número com o desempenho dos primeiros dias. Temos condições de atender ao mercado caso haja demanda maior”. Um dos públicos que a BYD pretende atingir é o de motoristas de aplicativos. Para isto fechou parceria com a 99, que por seis meses cobrará taxa menor, de 9,99% por corrida, dos motoristas que comprarem um Dolphin Mini. Quem adesivar o carro terá taxa zero. O Banco Santander e a Porto Seguro também aderiram à ideia e oferecem condições especiais para financiamentos e seguro. Também espera-se por redução de preços após a nacionalização do carro, que segundo o chairman Alexandre Baldy será produzido em Camaçari, BA. Ainda que pareça inatingível o objetivo é dar início à produção nacional no último trimestre deste ano.

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