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21 AutoData | Abril 2024 João Irineu Medeiros (esq.), da Stellantis, e Roberto Braun (dir.), da Toyota Com os anúncios das novas injeções de recursos os fabricantes de veículos preparam-se para lançar portfólio de produtos que poluem menos, ansiosos por usufruir de benefícios do Mover, especialmente os créditos tributários para financiar parte do desenvolvimento de seus projetos no País. Durante o evento Margarete Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, lembrou que os créditos financeiros do Mover serão gerados após a habilitação das empresas, o que está em curso agora –23 empresas já habilitaram projetos e outros dezoito estão em análise. Desde 26 de março, quando foi publicada portaria que regulamenta as concessões dos incentivos a pesquisa e desenvolvimento do programa, fabricantes de veículos e de autopeças podem apresentar propostas e requisitar os créditos proporcionais aos investimentos, que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido, a depender da complexidade de cada projeto. O Mover prevê destinar R$ 19,3 bilhões a este fim até 2028. George Rugitsky, diretor de economia e mercados do Sindipeças, afirmou que, na esteira desse movimento, a cadeia de autopeças também investirá – dos 23 habilitados inicialmente, nove são fornecedores. Igor Calvet, diretor executivo da Anfavea – que antes foi do MDIC e esteve envolvido diretamente na elaboração de programas anteriores para a indústria como o Rota 2030 –, avaliou que os veículos produzidos no Brasil já são um case mundial de sustentabilidade e que, por isso, a briga será por internacionalizar tecnologias desenvolvidas aqui: “A tecnologia é um meio e a descarbonização o fim. Cada empresa adotará plano próprio a fim de agregar novos produtos e novos processos”. PROTAGONISMO DO HÍBRIDO FLEX Ao que tudo indica, no Brasil, o etanol será o protagonista no processo de mitigação das emissões de CO2, e o veículo híbrido flex é a tecnologia que pautará os próximos anos da produção de veículos leves no Brasil. Montadoras como Stellantis e Toyota – ambas já com projetos habilitados no Mover – anunciaram investimentos recentes de R$ 30 bilhões e R$ 11 bilhões, respectiva-

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