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26 Abril 2024 | AutoData EVENTO AUTODATA » SEMINÁRIO MEGATENDÊNCIAS 2024 quando normalmente esse índice é 45%: “Enviamos caminhões para 27 países, alguns que, normalmente, são abastecidos por fábricas na Europa”. Com expectativas renovadas superada a adaptação aos modelos Euro 6 o segmento agora corre contra o tempo para acelerar a produção, que pode crescer até 40% este ano – em volume que compensaria igual queda porcentual de 2023. Para as vendas a projeção é de alta de 15%. Achim Puchert, presidente da Mercedes-Benz, lembrou que a reforma tributária, junto com os programas de estímulo à competitividade e à descarbonização, como o Mover, serão fundamentais para essa retomada, ao mesmo tempo em que enfrenta maior concorrência com chineses. Puchert complementou que assim como a China o Brasil tem fome de crescer, e a vantagem e a desvantagem de ter um mercado mais protegido: “A competição não me assusta, mas precisa ser justa, algo comparável e nas mesmas condições”. Cortes alfinetou os chineses ao dizer que são oportunistas: “Com uma indústria com capacidade ociosa eles exportam seus produtos para o Brasil a preços não compatíveis com nosso ambiente. Se vierem para cá produzir com custos do Brasil e com as dificuldades daqui temos tudo para competir com eles”. PESADOS ELÉTRICOS Mercedes-Benz e VWCO são pioneiras em produzir elétricos no País, a primeira com o chassi de ônibus eO500U e a segunda com o caminhão e-Delivery – e, a partir do segundo semestre, com o e-Volksbus. “O que justifica o veículo elétrico é seu custo operacional, a metade de um modelo a diesel. Tem preço maior mas compensa no custo. A equação elétrico/diesel é mais vantajosa no ônibus, mas ainda é desafiadora”, assinalou Cortes. Para Walter Barbosa, vice-presidente de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz, o maior gargalo está na infraestrutura de recarga: “Requer investimentos de R$ 50 milhões a R$ 120 milhões para que a garagem comporte mais de cinquenta carros carregando ao mesmo tempo.”. Na Capital paulista a Mercedes-Benz já comercializou cinquenta chassis eO500U. De acordo com Barbosa a Enel se comprometeu a instalar infraestrutura de alta voltagem em prazo de doze a quinze meses, o que derruba a promessa de que 2,6 mil ônibus elétricos possam circular já este ano. A eletrificação num País de dimensões continentais terá variações conforme a região, defendeu Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais de mercado interno e marketing da Marcopolo: “O ponto é saber qual será a velocidade e em quanto tempo a infraestrutura chegará”. Achim Puchert, presidente MercedesBenz do Brasil Roberto Cortes, presidente VWCO

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