41 AutoData | Dezembro 2024 Shi com o governador Freitas e com Lula e Alckmin: confirmação de investimentos na produção nacional da GWM. trimestre do ano, quando está agendada a abertura do segundo turno de trabalho, com previsão de produzir 10 mil veículos até o fim de dezembro. Em reunião com jornalistas brasileiros Shi aproveitou para divulgar um passo além, um plano mais ousado de nacionalização: até o fim de 2026 ampliar a localização de peças e componentes para 60%. Neste sentido, também duas semanas depois que o executivo regressou à China, a diretoria da GWM Brasil organizou um encontro no Sindipeças para informar como será feito o desenvolvimento e escolha de fornecedores no País. No mesmo encontro a empresa confirmou ainda que, além do Haval H6, também produzirá em Iracemápolis, a partir de 2026, mais dois modelos: outro SUV e uma picape, sem informar quais – cerca de dois anos antes a GWM havia confirmado que inicialmente produziria no Brasil a picape Poer e o SUV Tank, mas depois redefiniu o plano para começar com o H6. BRASIL NO PLANO GLOBAL Parker Shi é responsável por toda a operação da GWM fora da China, que até o fim deste ano deve somar 450 mil unidades comercializadas, crescimento de 30% sobre o volume de 2023. O Brasil, terceiro maior mercado externo – atrás de Rússia e Austrália –, contribuirá com 28 mil veículos. Logo que desembarcou, em 20 de novembro, o executivo cumpriu agenda com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tendo como pauta a fábrica paulista, a ser reinaugurada no ano que vem. Também visitou concessionárias, entregou carros a clientes, reuniu-se com a imprensa e seu último compromisso foi em Brasília, DF, onde encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, com quem já tinha conversado pessoalmente em recente reunião na China. Além de convidar Lula e Alckmin para a inauguração da produção nacional da GMW, Shi reforçou o compromisso de investimento da companhia no Brasil, de R$ 10 bilhões até 2032 com etapa inicial de R$ 4 bilhões até 2026, e informou que a pretensão inicial é de produzir 30 mil a 45 mil veículos por ano em Iracemápolis, já a partir de 2026, com planos de expansão e de transformar a planta em um polo de exportação para outros mercados da América Latina. “A relação do governo da China com o do Brasil é bem próxima. Eu sempre digo isso às pessoas: nós gostamos de colocar o dinheiro de investimento no jardim amigo. Você não quer colocar seu dinheiro no jardim inimigo. Então esqueça os Estados Unidos”, provocou Shi ao comparar a relação comercial conflituosa de seu país com o governo estadunidense, que bloqueia investimentos chineses no país. “Já o governo do Brasil tem uma ótima postura para receber mais investimento chinês e nós da GWM chegamos com os braços abertos.”
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