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20 Abril 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » CONGRESSO MEGATENDÊNCIAS 2025 O diretor informa que a publicação das metas é essencial para que as montadoras consigam planejar quais produtos pretendem lançar no País. A primeira medição das emissões deveria começar em setembro de 2026 e ir até setembro de 2027, mas o prazo está cada vez mais apertado. Ele citou também que os recursos em créditos tributários destinados a investimentos em projetos das empresas, para todo este ano, foram esgotados no primeiro trimestre. CHINA AMEAÇA INDÚSTRIA LOCAL Sahad, recém-reeleito para novo mandato na presidência do Sindipeças, pontuou que a China obrigou o resto do mundo a repensar suas práticas e a reanalisar os negócios: “Precisamos cada vez mais investir em novas tecnologias, inovação, digitalização, inteligência artificial. Isso exigirá das empresas capacidade de investimento muito grande. Para que possam ter essa musculatura, porém, haverá a necessidade de consolidação de empresas [leia-se fusões e aquisições], não porque querem, mas porque precisam”. O Brasil, inclusive, precisa ficar atento a uma grande ameaça: uma nova invasão chinesa, desta vez de carros similares aos produzidos no Brasil, mas 30% mais baratos e de alto volume. Foi o que alertou Pablo Di Si, hoje conselheiro de empresas, que foi CEO da Volkswagen do Brasil até 2022 e depois alçado à presidência do grupo nos Estados Unidos, onde ficou até 2024. “A balança comercial, antes de toda essa bagunça de tributação, era negativa para Estados Unidos com China em US$ 1 trilhão por ano. Todo esse negócio aqui não vai entrar mais nos Estados Unidos. Para onde acham que vai? Eles vão ter de encontrar um mercado alternativo.” Os chineses tentaram vender carros de entrada no Brasil há quinze anos e não deu certo mas, agora, têm gama completa, tanto de carros premium como de entrada, o que na visão de Di Si pode ser algo dramático para o setor automotivo nacional: “Se o País não tomar cuidado a indústria desaparecerá. E não tem que fazer estudo, tem que ser rápido, porque esse negócio será violento: os chineses já dominam o mercado latino-americano e não é com tecnologia, mas com preço”. GWM SEGUE COM PROJETO Apesar dos muitos atrasos a GWM segue com seu projeto de nacionalização. Andy Zhang, presidente da empresa no Brasil e México, em sua apresentação no Megatendências reforçou os planos da empresa para o mercado brasileiro. Ele confirmou que o início do processo de produção da fábrica de Iracemápolis, SP, está agendado para este primeiro semestre, começando com protótipos do Haval H6, ainda em fase de testes. Os veículos montados inicialmente em regime CKD chegarão às concessionárias no terceiro trimestre. Serão modelos híbridos com motores à combustão a gasoliPablo Di Si, de volta ao Brasil Andy Zhang, presidente da GWM Brasil e México

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