24 Abril 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » CONGRESSO MEGATENDÊNCIAS 2025 porta. No entanto a maior parte dos embarques é para os Estados Unidos. De toda forma Perez esclarece que a guinada da economia mundial não influenciará as decisões de curto prazo. O executivo ressalta que a vocação da Bosch no Brasil e na região são os sistemas flex e biocombustíveis: “Investimos na fábrica de Campinas para continuarmos desenvolvendo os híbridos flex”. Os flex diesel-etanol também representam um novo filão para a empresa: “Começamos a mesclar diesel e etanol em motores do ciclo diesel, conseguimos mistura de até 50%”, afirmou, ao ressaltar a aplicação da tecnologia para veículos de mineração e agricultura. O Brasil responde por 20% desses setores mundialmente. ELÉTRICO A ETANOL Em uma demonstração das oportunidades que o Brasil traz na transição energética WEG e Horse uniram-se para desenvolver o primeiro sistema extensor de autonomia elétrica a etanol do mundo. O motor a combustão Horse fornece energia ao elétrico WEG. A solução já é aplicada em um ônibus Volare híbrido com tração 100% elétrica. Alex Passos, gerente de powertrain da WEG, justificou que somente o sistema elétrico a bateria não sustentaria a operação de um ônibus municipal ou interestadual, o que se torna possível com a extensão de autonomia garantida pelo motor-gerador a combustão: “Tudo que nós precisávamos para a hibridização de um veículo a etanol estava pronto. O produto foi bem aceito”. Ponto interessante é que o sistema permite baixar em torno de 50% o tamanho do módulo de baterias utilizado por um veículo puramente elétrico, garantindo redução de custo e peso. Para Márcio Melhorança, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Horse, é isto que torna o projeto economicamente viável. O sistema, ainda em fase de homologação, pode ser regulamentado em termos de eficiência energética como veículo elétrico ou híbrido, afirma o executivo: “Estamos discutindo como regulamentaremos tudo isso para poder homologar a sua eficiência energética”. ELETRIFICAÇÃO É DESEJO, MAS CUSTA Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, em sua apresentação disse acreditar que a eletrificação é uma exigência não só do governo mas, também, dos consumidores, que entendem e desejam partir para a eletrificação. Nas contas da companhia até 2030 mais de 50% das vendas de carros no Brasil será de modelos híbridos ou elétricos. “Hoje um carro elétrico, comparado a um a combustão, custa aproximadamente US$ 10 mil a mais”, disse, ressaltando ser esta uma medida no custo de produção do automóvel, não o seu preço de venda. “É muito difícil pensar que a frota circulante no Brasil possa ser equipada no curtíssimo prazo com tecnologia que custa R$ 55 mil Alex Passos (esquerda), gerente de powertrain da WEG, e Márcio Melhorança, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Horse Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul
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