Com a decisão do novo governo argentino de implantar o conceito de câmbio flutuante, assim como acontece no Brasil, a Anfavea propôs à Adefa, a associação das montadoras daquele país, que ambas encaminhem proposta conjunta de livre comércio na área automotiva aos respectivos governos. A informação foi divulgada na quinta-feira, 4, pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, ao divulgar balanço do setor no mês de janeiro.
“Com a implantação do câmbio flutuante lá e os fundamentos econômicos mais ajustados à realidade acredito na possibilidade de chegarmos a um acordo de livre comércio total. Já tivemos uma primeira reunião com a Adefa, em janeiro, e ousamos apresentar a proposta de implantar esse novo conceito em nossas relações comerciais”, informou Moan. Na avaliação da Anfavea, com os dois países operando agora com câmbio flutuante não não há mais necessidade de haver salvaguardas.

As exportações de veículos em janeiro totalizaram 22,3 mil unidades, com crescimento de 37,1% em relação às 16,3 mil do primeiro mês de 2015. O segmento de automóveis e comerciais leves foi o que mais cresceu nesse mesmo comparativo, com alta de 42,7%. O de ônibus também teve desempenho positivo de 13% – 322 contra 285 unidades. Já o de caminhões despencou 28%, com as exportações baixando de 1mil 169 unidades para 842, enquanto o de máquina agrícolas decresceu 40,6%, de 522 para 328.
A forte queda em caminhões e máquinas agrícolas, produtos de maior valor agregado, foi decisiva para o desempenho negativo na receita do setor com exportações. “É uma questão de mix”, comentou Moan ao revelar que em janeiro foram exportados US$ 547,7 milhões, valor 18,3% inferior ao total de US$ 670 milhões obtido em janeiro do ano passado.

No comparativo com dezembro houve queda em volume em todos os segmentos. No total dos veículos as exportações caíram 51,7% em janeiro com relação ao mês anterior: 22,3 mil unidades contra 46,2 mil. Em máquinas agrícolas a retração foi de 40,6%: 328 embarques em janeiro ante os 590 de dezembro. No caso das exportações, porém, o comparativo mensal tem menos peso do que o anual por envolver situações sazonais de embarque.






A FCA, Fiat Chrysler Automobiles, decidiu unificar a área comercial do Grupo no Brasil. Sérgio Ferreira, até então diretor geral da Chrysler/Jeep para América Latina, assumiu na quinta-feira, 4, o cargo de diretor comercial, passando a responder pelas operações de vendas de todas as marcas da FCA comercializadas no País – Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge e RAM.
Em 2015 a Scania foi a maior exportadora de caminhões e ônibus do Brasil, com 7,4 mil unidades embarcadas. Com isso, a montadora respondeu por 0,4% da receita total do País, com US$ 756 milhões. “Para este ano a meta é crescer ainda mais e chegar à marca de US$ 1 bilhão”, revela Fábio Castello, vice-presidente de Logística da Scania.
A MWM, fabricante de motores diesel, fechou contrato de venda de 2,5 mil motores para a Coreia do Sul. Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing, motores e peças da MWM, afirmou que o negócio foi firmado recentemente depois de cerca de um ano de negociações intensas. Os propulsores começarão a ser fabricados em junho deste ano. 

Com fábricas no Brasil, China e Estados Unidos, centros de distribuição em outras três localidades e escritórios comerciais em seis pontos do mundo, a Fras-le acredita que estar presente fisicamente é a melhor maneira de incentivar as exportações. Para Ricardo Reimer, CEO da Fras-le, os negócios da companhia em 100 países, com 770 clientes, só dão certo porque há presença efetiva. “Nossa filosofia é a de buscar pedidos. O mercado local é mais tranquilo de manter, enquanto a exportação tem um caminho mais complexo e mais fácil de perder clientes.”