As vendas de caminhões amargaram a maior queda da indústria automotiva em fevereiro. Segundo dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 5, houve uma retração anual de 50,3%, para apenas 5 mil 182 unidades comercializadas no último mês. Enquanto isso, o mercado geral apresentou recuo de 28,3% no mesmo período.

A média diária foi de 305 caminhões, levando-se em consideração 17 dias úteis devido ao feriado de carnaval.
Na comparação com janeiro, quando foram licenciados 7 mil 675 caminhões, a queda foi de 32,5%. No bimestre a retração é de 39,4%.
Os caminhões pesados foram o subsegmento com a maior baixa: 72,1%. Em fevereiro de 2014 foram emplacadas 3 mil 806 unidades, enquanto no último mês foram apenas 1 mil 61 unidades.

Ao mesmo tempo o segmento de leves apresentou o menor recuo, de 30,2%, para 1 mil 426 unidades. O modelo Série F, da Ford, que não era comercializado no ano passado e entrou nas estatísticas neste ano, ajudou a amenizar a queda na categoria.
As vendas anualizadas somaram 128 mil 707 unidades. Um ano antes o volume fora de 137 mil 269 caminhões.

Segundo Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea, a queda na confiança dos frotistas é um dos motivadores da baixa nas vendas. “O problema é mais o PIB do que a falta de crédito”, afirmou o executivo, fazendo referência à retração da economia no País.
Moraes também mencionou os ajustes econômicos que o governo federal está realizando. Segundo ele, a incerteza diante da manutenção de programas e seus respectivos índices faz com que os consumidores adiem as compras. Além disso as novas taxas de juros do Finame PSI, divulgadas no fim de janeiro, também justificam a retração do mercado de caminhões. “De 6% no ano passado o índice agora varia de 12% a 13%, dependendo do cliente. A linha ficou bem menos atrativa.”
PRODUÇÃO, EMBARQUES – Em fevereiro saíram das linhas de montagem brasileiras 7 mil 786 caminhões, volume 48,7% menor do que no mesmo mês de 2014. No bimestre a produção acumula queda de 43,9%.
De acordo com Moraes o “ajuste da produção é um exercício diário”. O executivo ressaltou que há excedente de mão-de-obra e que as medidas de proteção ao emprego estão sendo usadas ao máximo.
“As montadoras tem conversas praticamente diárias com os sindicatos em busca de ferramentas para controlar a produção. Lay-off, férias coletivas, banco de horas, licença remunerada… tudo está sendo usado nesse momento.”
As exportações acompanharam o movimento de queda e fecharam fevereiro em retração de 19,7% na comparação com mesmo mês de 2014, para 1 mil 428 mil caminhões. Na comparação mensal, entretanto, houve alta de 22,2% no volume embarcado.








Apresentado ainda como carro-conceito em abril de 2014, durante o Salão do Automóvel de Nova York, Estados Unidos, o Discovery Sport chega exatamente um ano depois às ruas brasileiras. O SUV compacto de luxo da Jaguar Land Rover começa a ser vendido no País em 16 de abril e é a aposta da montadora para abocanhar fatia de clientes até então fora da marca.
A montadora aposta no custo de manutenção como atrativo para seu primeiro modelo nacional: o cliente paga total de R$ 990 por um pacote de cinco anos de manutenção do veículo, com média de um atendimento anual ou a cada 10 mil quilômetros.
Aviso aos navegantes, sobretudo os recém chegados a Brasília e, em especial, aqueles que estiverem envolvidos com o chamado ajuste fiscal: em toda a economia, nenhum mercado é mais volátil do que automotivo. Mais do que o cambial, o das commoditieis, do petróleo, do ouro ou das ações. Muito mais.