
A Volare, unidade de negócios da Marcopolo, lança seu primeiro micro-ônibus acessível, com piso baixo e motor traseiro. Durante dois anos seus engenheiros concentraram-se em buscar soluções que permitissem ampliar a acessibilidade de cadeirantes ao veículo, com vistas ao programa do governo federal Caminho da Escola e o transporte urbano.
O modelo começa a ser fabricado na segunda quinzena de fevereiro na unidade de Caxias do Sul, RS. Seu preço ainda não definido.
Segundo Roberto Poloni, gerente de engenharia da Volare, representantes do programa federal e da Secretaria de Direitos Humanos solicitaram às fabricantes do segmento uma opção com acesso mais fácil. “Decidimos aceitar o desafio e conseguimos projetar um veículo com piso baixo, de 26,5 cm de altura, que pode comportar até cinco cadeirantes dependendo da configuração.”
Para atender à demanda do programa federal o micro-ônibus não poderia ter comprimento maior do que 7,5 metros, por isso foram necessários ajustes no tamanho do motor, traseiro, fornecido pela Cummins. “No início achamos que não seria possível, mas aos poucos fomos encontrando soluções para economizar espaço e acomodar o máximo de pessoas no veículo. Valorizamos muito nossa parceria com a Agrale.”
Houve ainda preocupação com a suspensão, que utiliza sistema pneumático para que as seis bolsas de ar proporcionassem maior comodidade aos passageiros fisicamente mais sensíveis. O micro-ônibus será equipado com ar-condicionado e a plataforma de acessibilidade será manual, operada pelo motorista.
Em sua configuração original para o programa federal o batizado Volare Access pode transportar de 16 passageiros, com três boxes para portadores de necessidades especiais, a 21 passageiros, com um box para cadeirantes.
Segundo Poloni o tempo de embarque de um cadeirante no veículo será de 15 a 20 segundos porque o piso fica praticamente na altura da guia, enquanto em um veículo comum, com a plataforma automática e piso alto, o tempo médio é de três minutos.
“Agora dependemos da posição do governo. O desafio lançado foi atendido, mas ainda não sabemos mensurar o tamanho desse mercado para o Caminho da Escola.”
O executivo lembra que o modelo só pode ser utilizado em áreas urbanas, uma vez que sua altura não contempla áreas rurais com irregularidades de terreno.
A história da Volare com transporte escolar começou em 1999, quando a empresa lançou o Escolarbus, pioneiro micro-ônibus desenvolvido especificamente para este segmento. Aos poucos o modelo foi ganhando espaço e com o lançamento do Caminho da Escola a empresa já forneceu cerca de 6,7 mil unidades apenas para o programa.
Além do transporte escolar o modelo também pode ser utilizado no transporte urbano de passageiros e a agilidade no embarque de passageiros é ponto positivo destacado por Poloni: “Isso ajuda a tornar o transporte mais rápido, especialmente nos horários de pico”.
Na configuração para transporte urbano de passageiros o Volare Acess pode levar um cadeirante e até 35 passageiros, além do cobrador.
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Mesmo com projeção de estabilidade para o mercado automotivo em 2015 pela Anfavea, o segmento de luxo fechará o ano em alta de dois dígitos. A avaliação é de Arturo Piñeiro, presidente e CEO do Grupo BMW, em entrevista exclusiva a AutoData.


