Fabricantes investem em mercado de construção

São Paulo – Fabricantes de máquinas de construção preparam-se para crescimento futuro do setor enquanto as oportunidades de negócios no País ainda estão restritas a projetos públicos. A expectativa é a de que, uma vez passada a fase das licitações, como aconteceu este ano, devem ganhar proporção as demandas na iniciativa privada, sobretudo na área da urbanização.

Segundo José Luis Gonçalves, presidente da JCB, é possível que o mercado brasileiro tenha um crescimento expressivo nos próximos três anos. O executivo usa como base para o argumento o fato de que há uma série de projetos que foram engavetados nos períodos mais críticos da última recessão econômica pela qual passou o País: “Passada a eleição a tendência é a de que o ambiente seja propício aos novos negócios”.

Nesse sentido a JCB tratou de antecipar alguns movimentos mirando os próximos anos. Na segunda-feira, 26, anunciou R$ 40 milhões para um próximo ciclo, que se inicia em janeiro e termina no fim de 2021. O aporte será aplicado no desenvolvimento e na fabricação de novos produtos. Um deles é a escavadeira JC130, que será produzida em Sorocaba, SP, e entra no mercado em abril de 2019.

A John Deere, outra gigante do setor de máquinas de construção, anunciou que passará produzir no Brasil, em Indaiatuba, SP, a partir de 2012, três modelos de motoniveladoras que atualmente são importados – 620G, 670G e 770G. O planejamento da empresa, de acordo com Roberto Marques, seu diretor de vendas, levou em consideração três fatores:

“O crescimento da população, a concentração de pessoas nos centros urbanos e as demandas do setor agrícola relacionadas ao escoamento da safra exigem que as fabricantes se preparem para um movimento de aquecimento do mercado lá no curto-prazo, e este momento é agora. Independente disso temos de olhar para o longo prazo e promover melhorias contínuas”.

A Volvo CE passou a produzir em Pederneiras, SP, três veículos para aplicação na construção urbana: duas escavadeiras, EC210D e EC210DL, um modelo de escavadeira compacta e uma carregadeira. Para seu presidente, Luiz Marcelo Daniel, afora as demandas pelas máquinas na construção há também a expectativa de aquecimento no mercado de locação de equipamentos.

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