Dryve capta R$ 100 milhões para a compra de seminovos

São Paulo — O aumento da busca por veículos na internet abriu as portas para novos competidores e, agora, também para o surgimento de novos modelos de negócios online. A Dryve, startup que começou suas atividades no mercado com um marketplace para veículos seminovos e usados, deu um passo além: passou também a comprar veículos.

De acordo com Pedro Gandra, um dos três fundadores da empresa, percebeu-se que a tecnologia de compra e venda do marketplace fornecia subsídios suficientes para estipular quais modelos de veículos tinham mais giro dentro da plataforma. Somou-se a esse quadro a demanda de usuários do site que buscavam vendas imediatas:

"Começamos primeiro desenvolvendo a tecnologia para entender melhor o mercado e observar as oportunidades. Percebemos que ela gera índices de compra e venda e com essa estrutura pronta estabelecemos a função de buscar no site melhores oportunidades de compra para que na revenda haja uma margem de lucro maior".

A empresa, assim, buscou no mercado financeiro capital para financiar as aquisições de veículo. Se as locadoras abriram o capital na Bolsa de Valores pelas mesmas razões no caso da Dryve a opção escolhida foi estruturar um FDIC, um fundo de investimento em direitos creditórios. O valor captado pela empresa foi de R$ 100 milhões.

O executivo disse que os critérios de compra envolvem, afora a liquidez do modelo, também suas características, como ano de fabricação e quilometragem rodada. Ainda que a expectativa da empresa seja comprar e revender o mais rápido possível, existe a possibilidade de investimento em ativos para armazenamento do estoque.

No ano passado a startup vendeu 1 mil veículos por meio de sua plataforma online. Para este ano a meta é crescer o volume de vendas em cinco vezes e passar de cinquenta para quinhentos agentes franqueados.

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