São Paulo — A Eaton poderá produzir no País componentes de sua oferta global para veículos elétricos. De acordo com o presidente Antônio Galvão é possível haver uma necessidade intracompany, por capacidade produtiva, para atender a esse segmento especificamente e a operação brasileira poderia, neste caso, servir de plataforma de manufatura para exportação.
"As fábricas da Eaton estão precisando de área fábril para a produção de componentes para veículos elétricos e isso poderá ser feito aqui no Brasil", disse o executivo durante o Seminário AutoData Compras Automotivas — O Novo Normal.
Quando e em qual fábrica os componentes poderão ser produzidos são assuntos por ora indefinidos. Na unidade de Mogi Mirim, SP, a empresa mantém usinagem de componentes para transmissões de veículos leves e pesados, especificamente para as operações OEM da General Motors e da Mercedes-Benz. Na unidade de Valinhos, SP, também há produção de transmissões e de embreagens. Em São José dos Campos, SP, são produzidas válvulas para motores.
A empresa deve, ainda segundo o executivo, aproveitar as oportunidades oferecidas pelo processo de nacionalização de componentes das montadoras, um movimento esperado pela indústria como resposta à alta do dólar ante o real: "Nossa operação também passa pelo aumento do nível de nacionalização, que já é de 60%. Importamos componentes eletrônicos, mas há outros que são passíveis de produção na região".
A área de produtos para veículos elétricos, dentro da eMobility, é vista como uma das mais promissoras em termos de oportunidades de negócios no futuro. No primeiro trimestre as receitas dessa divisão cresceram 15% na comparação com as receitas obtidas em igual trimestre no ano passado.
Também houve aquisições de empresas do segmento recentemente. Em março a Esaton anunciou a compra da fabricante de carregadores para veículos elétricos Green Motion, sediada na Suíça, e no mês passado anunciou a compra de 60% da Jiangsu YiNeng, fabricante de componentes para vias de ônibus elétricos, na China.
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