Baixo estoque derruba vendas da quinzena

São Paulo – Até a quarta-feira, 16, foram emplacados 83,2 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em junho, apontam dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. A média diária, em onze dias úteis, caiu para 7,5 mil veículos/dia – embora a sexta-feira, 4, computada como dia útil, tenha sido emenda de feriado em alguns mercados.

De toda forma o volume registrado ficou bem abaixo dos apurados em meses anteriores. Em maio a primeira quinzena foi recorde para 2021, com 8,8 mil licenciamentos/dia. A queda chega a 14% da primeira quinzena de maio para a primeira metade de junho.

Segundo uma fonte ligada ao varejo a razão é a falta de disponibilidade de veículos para a rede concessionária. Desde março a General Motors não produz o Onix e o Onix Plus em Gravataí, RS, o que significa não haver produção do veículo mais vendido no Brasil nos últimos seis anos. Volkswagen, Nissan e Hyundai anunciaram paradas recentemente, todas pelo mesmo motivo: escassez de semicondutores.

Ainda restam dez dias úteis no mês que, mantendo o ritmo atual, pode fechar com vendas em torno de 158 mil unidades, bem abaixo do resultado dos últimos meses, quando o mercado oscilou na faixa de 170 mil a 190 mil. Usualmente há a aceleração dos emplacamentos nos últimos dias do mês, o que poderia elevar esse volume, em que pese o fato de que o mercado está diante de um cenário de falta de veículos, com algumas fábricas paradas e outras com produção reduzida.

A Fiat Strada foi o veículo leve mais vendido na primeira quinzena, com 5,4 mil emplacamentos. Completam o pódio o Hyundai HB20 e o Fiat Mobi, em empate técnico com 3,6 mil licenciamentos.

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