Um terço das vendas no Chile será de veículos chineses

São Paulo — Os veículos chineses deverã responder por uma de cada três unidades vendidas no mercado chileno em 2021, contra uma a cada quatro no ano passado. Martín Bresciani, presidente da Cavem, Câmara Nacional de Comércio Automotriz do Chile, disse durante o 3º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, realizado pela AutoData Editora, de forma online, até a sexta-feira, 20, que a produção automotiva na China foi menos impactada pela falta de semicondutores do que a dos demais países.

A China e outros países asiáticos concentram a produção de chips e semicondutores. Bresciani lembrou que o país asiático tem boa capacidade para exportar seus veículos a partir dos portos locais, o que também ajudará a ganhar espaço no mercado chileno. Ele reconheceu que os produtos brasileiros têm muita qualidade e capacidade até para liderar o mercado local, mesmo pagando 6% de imposto, — os países não possuem acordo de livre-comércio –, porém condições macroeconômicas limitam esse avanço. 

Com expectativa de crescimento em torno de 40% nas vendas de novos veículos, o mercado de usados chileno está aquecido e deverá crescer 20% em 2021, chegando ao maior patamar desde 2010, incremento que será puxado por dois fatores principais: "A maior demanda da população por um meio de transporte individual e os consumidores que não encontram o modelo que buscam na oferta de novos. Dessa forma esse mercado chegará a 1,2 milhão de unidades".

Questionado sobre o futuro do setor, o presidente da Cavem disse que espera uma grande mudança até 2030, com forte crescimento dos híbridos em 2022, 2023 e 2024, puxado pela maior ofertas das marcas, "que deverão ter opções em todos os segmentos para atender aos consumidores e mostrar que são ambientalmente amigáveis".

No fim da década os elétricos ganharão mais espaço, caso a infraestrutura necessária seja desenvolvida para atender aos clientes e se o governo local promover alguns incentivos para reduzir o custo de investimento e aumentar a possibilidade de compra da população. 

Fotos: Reprodução.