Volumes pré-pandemia só deverão retornar ao Peru em 2022

São Paulo – O mercado peruano de veículos se recupera da queda do ano passado, provocada pela pandemia da covid-19, mas não em ritmo suficiente para superar os volumes de 2019, no pré-crise. As informações foram divulgadas por Karsten Kunckel, presidente da AAP, Associação Automotiva do Peru, que participou do último dia do 3º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, realizado pela AutoData Editora, de forma online:

"A expectativa é de que as vendas cheguem ao volume de 2019 no ano que vem. Temos capacidade para isso, porém existem muitas incertezas políticas que estão afetando o mercado e dificultam fazer projeções mais assertivas".

Outras questões como o avanço da vacinação e a efetividade das medidas fiscais e monetárias também serão decisivas para o avanço. O presidente aposta no crescimento do mercado peruano usando como base o índice de veículos a cada 1 mil habitantes, que está em torno de cinco unidades, comprovando o grande espaço que o setor local tem para percorrer.

A demanda de 2021, que começou em forte retomada, desacelerou a partir de julho pelas questões políticas que afetam o País. Houve troca de governo no mês passado, o que fez com que as vendas de veículos recuassem, assim como a confiança empresarial e a dos consumidores. 

Para esse ano a expectativa de Kunckel é de que a venda de veículos leves somem 143,2 mil unidades, ainda atrás das quase 154 mil comercializadas em 2019. As vendas de caminhões cresceram 120% até julho, com 9,6 mil unidades, superando também o volume registrado em igual período de 2019, mas Kunckel acredita que o fechamento do ano ficará abaixo do último ano antes da pandemia.

O segmento de motocicletas e triciclos foi o que mais cresceu após a pandemia, impulsionado por dois fatores principais: expansão dos serviços de delivery e maior demanda da população que busca alternativas para evitar o transporte público. A projeção é de que até o final do ano as vendas somem 421 mil  unidades, alta de 49% ante 2020, chegando a um patamar nunca antes registrado no país. 

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