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33 AutoData | Setembro 2020 de medalhões como Mitsubishi, Citroën e Peugeot. Ela agora lidera uma espécie de terceiro pelotão do mercado, sendo o primeiro formado pelas líderes GM, VWe Fiat, pela ordem, comvendas bem acima de 100 mil unidades, e o segundo que vai da quarta à décima posições, ocupadas por Hyundai, Renault, Ford, Toyota, Jeep, Honda e Nissan, na ordem, comvolumes que variam de 78 mil da Hyundai até 33 mil da Nissan. Ou seja: para a Caoa Chery a lógica agora é abrir distância dos que vêm atrás, pois a diferença para o décimo colocado ainda é enorme. Tem plena consciência deste quadro o CEO Márcio Alfonso, que admite que o objetivo, por ora, é brigar pela manutenção do décimo-primeiro posto para “nos pró- ximos anos, quem sabe, buscar o décimo lugar”. Ele revela que a meta para 2020, com pandemia e tudo, é fechar com 1,2% de fatia de mercado, quase que dupli- cando o desempenho registrado ao fim Divulgação/CAOA Chery de 2019, 0,76% e décima-quarta posição. O executivo ainda prometeu outras novidades ainda em 2020 e mais lança- mentos em2021: “Em termos de SUVagora temos do mais compacto, o Tiggo 2, ao de sete lugares, o Tiggo 8. Mas há mais espaço para outros”. Pelomenos umdestes outros não seria Caoa Chery mas sim Exceed, a divisão de luxo da fabricante – uma espécie de Lexus da Toyota para a Chery: “Estamos trabalhando na Exceed. Poderemos ter novidades no ano que vem, mas ainda não definimos uma data exata para o lan - çamento”. ARROZ DE FESTA O lançamento da vez, o Tiggo 8, cer- tamente será importante para a missão Posto 11, mas a ele caberá ainda uma se- gunda, a de elevar a percepção da mar- ca ao tornar-se o maior, mais luxuoso e mais caro veículo Caoa Chery em oferta – R$ 168,6 mil mas vendido a R$ 156,9 mil em valor de lançamento, de período não especificado. A estratégia, de qualquer forma, parece ter surtido efeito: com 166 unidades vendidas em três dias, segundo a empresa, a previsão inicial de produzir trezentos Tiggo 8 ao mês já foi elevada para quinhentos – ou seja, mais duzentas unidades mensais na conta de Anápolis. Há bons predicados para isso, come- çando pelo design, última obra do britâ- nico Kevin Rice na Chery antes de aceitar convite para assumir cargo de chief crea- tive officer da badalada Pininfarina, neste fevereiro. Quando se uniu à montadora chinesa Rice já tinha no currículo os dese- nhos de Mazda RX-8 de 2001 e dos BMW

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